ESCRITORA CANELENSE SAI EM DEFESA DA SERRA GAÚCHA

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Hilda Suzana Veiga Settineri.


Oi, tu que está em qualquer lugar deste país. 

Moro na Serra Gaúcha. Ano após ano tenho recebido pessoas de diferentes lugares. 

Cada uma traz suas histórias e valores.

Conheça a Serra, nossa hospitalidade, venha conhecer o Rio Grande do Sul e sua gente. Não compactuamos com a ignorância de que desconhece a própria  história dos gaúchos e dos demais brasileiros. Uma história marcada por lutas e rebeliões contra a autocracia, pela liberdade.

As lutas pela independência e a República no Brasil começaram em Minas Gerais, em 1789, com os inconfidentes; prosseguiram em 1798, na Bahia, com a Conjuração Baiana; vieram depois a Revolução Pernambucana de 1817, a guerra pela independência travada em solo baiano (1822-1823), a Confederação do Equador (1824), a Cabanagem (Região Norte, 1835-1840), a Sabinada (Bahia, 1837-1838), a Balaiada (Maranhão, 1838-1841), e a longa Revolução Farroupilha (1835-1845), que trouxe símbolo máximo do nosso estado, que traz o verde e o amarelo transpassado pelo vermelho, que representa sangue daqueles que tombaram pela liberdade. 

Nessas lutas, forjaram-se os laços de união entre os brasileiros.

No século XX, prosseguiram os embates pela liberdade. Em 1900, no Norte, o gaúcho Plácido de Castro lutou ao lado de nortistas e nordestinos pela independência do Acre, mais tarde incorporado ao território brasileiro. Em 1910, o gaúcho João Cândido, o “Almirante Negro”, liderou a Revolta da Chibata, contra a tortura de marinheiros na Armada Brasileira – o mais vil resquício do escravismo nas instituições da República. Depois vieram as rebeliões tenentistas, a longa marcha da Coluna que teve entre seus líderes o gaúcho Luís Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, a Revolução de 1930... Todos esses fatos aparentemente são ignorados por quem zomba dos baianos por “baterem tambor”, talvez ignorando que o batuque, um dos mais dinâmicos cultos afro-brasileiros, tem raízes em terras gaúchas.

Mas chega de história. Gostaria de tua visita, para que tu nos conhecesse melhor. 

Então, parafraseando a letra da música dos Monarcas, eu te convido: “Boleia a perna companheiro amigo, que o meu cachorro é manso e não morde, Ele é ensinado e aprendeu comigo, que este rancho está sempre às ordens...”

Então, venha! “Aqui no rancho tem bom chimarrão, Churrasco, e canha e boia de panela, pra receber os amigos que tenho, fiz este rancho e não botei tramela”.

Por: Hilda Suzana Veiga Settineri.


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