DESERTO DO SAHARA

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A Tunísia, situada no Norte da África, entre a Argélia e Líbia, é banhada pelo Mar Mediterrâneo. Ao Norte está a parte arborizada e mais desenvolvida do país, estendendo-se por planícies agricultáveis, seguidas de deserto rochoso que como diz o nome é composto de pedras sem vegetação seguindo no sumo Sul até o Deserto do Sahara.

Cartago – Foi a cidade que teve os maiores guerreiros da sua épica. Amilcar o seu filho e Anibal Barca, que por três vezes guerrearam com Roma, foram derrotados em todas as tentativas. Os romanos em represália, não só destruíram Cartago como colocaram sal na terra para nada mais florescesse.

Tunis – É a capital do país, com a sua medina que significa “Cidade de Amulharada”, cujas muralhas circundavam a cidade para protegê-la dos ataques inimigos, hoje, trata-se de centros comerciais e a cidade estende-se bem além dos antigos muros, que não mais existem. Destaque para o museu do Bardo que tem a coleção de mosaicos romanos do mundo.

Sidi Bou Said – Pequena e bonita cidade de casas brancas ao norte do país, junto ao mar Mediterrâneo, que tem entre outras atrações casas de chá onde este é servido para as pessoas sentadas no estilo hindu, com as pernas cruzadas, sendo a especiaria o chá de menta e de pinhão.

Monastir – Bonita cidade litorânea de veraneio de casas brancas e hotéis de turismo de luxo, magnífico anfiteatro romano de EI Jem com capacidade para 35 mil pessoas para espetáculos de época como luta entre gladiadores e onde também os cristãos eram jogados para serem devorados pelos leões. Hoje o complexo foi tombado pela Unesco.

Tataouine – Situada junto as montanhas de pedra. Última cidade antes do Deserto do Sahara. Chemmi é uma aldeia próxima, que abriga tribos de povos bárbaros, que compõem boa parte da população da Tunísia, que construiu as suas casas semi-trogloditas, ou seja, nas montanhas de pedra.

Matmata – Cidade do interior do país com tribos de povos bárbaros e casas trogloditas, as quais só tem uma porta de entrada cavada na rocha e em seu interior os quartos também são cavados dentro das rochas. A temperatura dentro dos quartos é constante entre 27} e 28}, independente do tempo lá fora. Estas casas foram construídas há 3.100 anos e as mulheres têm sinais feitos com tinta no rosto, diferenciando os sinais de uma tribo para outra.

Douz/Nefta – São a porta tunisiana de entrada para o deserto do Sahara. Lá os turistas vestem roupas típicas e, em caravana, fazem um passeio de dromedário pelo deserto, cuja temperatura pode variar de 5 até 55 graus. O dromedário tem uma só corcunda nas costas. O camelo possui duas e chega a passar até 15 dias no deserto sem beber água, mas daí toma 130 litros de uma só vez. As areias do deserto do Sahara são tão finas que mais parecem talco e formam as dunas que se movem pela força do vento. Os trajes daqueles povos, roupa longa com turbante a cobrir a cabeça são realmente uma proteção. No deserto do Sahara, um dos lugares mais inóspitos do planeta, tem-se a impressão de que a cada momento podem ocorrer situações inesperadas, perigosas, como fatos vistos no rali Paris/Dakar que naquela região tem seus maiores perigos. Ali vi um dos beduínos organizadores da caravana de turistas oferecer 1000 dromedários em troca de uma mulher loira (cada dromedário custa U$ 1.500,00).

Chot el Jerid – É um enorme lago salgado, hoje seco (só tem o sal) com dezenas de kms de extensão, situado há mais de 200 kms do litoral, o que evidência que ali era mar. Nesta região foi rodado o filme “O Paciente Inglês”.

Kairouan – É a região onde são confeccionados os melhores tapetes. Era antigamente a capital do país. Ali está a mesquita mais antiga do norte da África (ano 67 DC).

Hammamet/Nabeul – Cidade litorâneas, junto ao mediterrâneo, com hotéis de luxo que hospedam alemães, italianos, ingleses e franceses que ali passam suas férias.

Kerkouane – Sítio arqueológico no norte do país descoberto em 1966, de civilização púnica do ano 500 AC. As casas tinham água corrente e sala de banho com local talhado na pedra para o homem, outro para mulher, outro para o filho, tudo com canalização de sais aromáticos.

Tozeur – Situada no centro do país, próximo a Argélia e ao lago salgado de Chot el Jerib. Tem um dos grandes oásis de palmeiras que produzem tâmaras plantadas pelo homem, no deserto do Sahara.

Cultura – As pessoas mais velhas continuam a usar túnicas longas com turbante na cabeça. Os jovens abandonaram esse costume e vão a escola e circulam com roupas semelhantes as nossas. Habib Borghuiba, presidente, consolidou a independência da Tunísia em 1956, perante a França e instituiu escola gratuita obrigatória a todos até 16 anos. Há faculdades e hospitais gratuitos em todas as cidades, mas pagos pelos que têm recursos. Fala-se árabe, francês, outros dialetos e 95% da população é muçulmana, frequentando as mesquitas e orando obrigatoriamente cinco vezes por dia.

É comum fumar narguilé em bares ou casas de chá. É proibido o consumo de bebida alcoólica pelos mulçumanos. A posse ou uso de drogas é motivo de prisão por pelo menos um ano. As cidades mais antigas conservam ainda a sua medina, que virou centro comercial. As viagens e passeios internos foram feitos de ônibus, trem, LouAge (vans, tipo lotação) e taxi.

O vôo de São Paulo a Tunis é direto pela Aeroflot, companhia russa de aviões enormes, espaçosos e silenciosos. O custo dos 14 dias foi de US$ 4 mil dólares, incluindo-se passagens, hotéis, passeios e alimentação, isto no ano de 2000.



Por: Marcos Eugênio Welter - Vice-Presidente Nacional da Academia de Letras do Brasil, 
Membro do Conselho Superior Internacional da 
Academia de Letras do Brasil.


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