'HOMENAGEM' Assembleia Legislativa aprova inscrição do nome de Capiba no Livro do Panteão dos Heróis e Heroínas de Pernambuco

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Um gênio da composição e defensor das tradições e da valorização da cultura nordestina. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou a inscrição do nome do músico e compositor Capiba no Livro do Panteão dos Heróis e Heroínas de Pernambuco – Fernando Santa Cruz.  O Projeto de Resolução nº 2559/2025 é de iniciativa do deputado Diogo Moraes (PSB). 
 

O nascimento
 

Lourenço da Fonseca Barbosa, conhecido como Capiba, nasceu em Surubim, no Agreste, em 22 de outubro de 1904, falecendo no Recife em 31 de dezembro de 1997, aos 93 anos.
Legado
 
Seu legado ultrapassa gerações inspirando músicos, passistas e amantes do frevo, que encontram em suas obras a verdadeira alma do Carnaval de Pernambuco.
 

200 composições

 
Com mais de 200 composições, muitas delas verdadeiros hinos do frevo, suas músicas seguem atravessando gerações e mantendo viva a tradição cultural de Pernambuco. O filho do maestro Severino Atanásio de Souza Barbosa e de Maria Digna fez história na música pernambucana com mais de duzentas composições, entre frevos, sambas, maracatus, valsas e até músicas eruditas. 
 

Campina Grande
 

Capiba também viveu em Campina Grande, na Paraíba, onde, em 1924 escreceu sua primeira música, a valsa instrumental “Meu Destino”.
 

Mais conhecidas

 
Entre suas obras mais conhecidas estão “Madeira que Cupim Não Rói”, composta juntamente com Ariano Suassuna (que também tem o nome do livro do Panteão), “Maria Betânia” e “Canção do Recife”, que marcaram a identidade musical nordestina.
 

Engajamento

 
Além de seu talento musical, Capiba destacou-se por seu engajamento social e defesa dos valores democráticos, sendo um fervoroso defensor da justiça e da identidade cultural nordestina. Sua contribuição foi essencial para que o frevo fosse reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 2012.
 

Ganhador

 
Ganhador de inúmeros concursos, Capiba, que era pianista, é um dos principais compositores da história do frevo e do carnaval brasileiro. São da autoria de Capiba, por exemplo, as composições “Madeira que Cumpim Não Roi” e “Linda Flor da Madrugada”, que fazem parte do repertório de diversos pernambucanos não somente no Carnaval, mas ao longo de todo o ano.
 

Cresceu 

 
Capiba cresceu cercado pela música. Filho de um mestre de banda filarmônica e professor de música em Surubim, no Agreste pernambucano, ele aprendeu a tocar desde criança. Aos 16 anos, encontrou no piano um novo caminho: surgiu uma vaga para tocar durante as sessões de cinema mudo.
 

O piano de Capiba 

 
O piano centenário de Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, foi, sem dúvida, seu maior parceiro na criação de mais de trezentas composições. 
 

Restaurado 

 
O piano que ajudou a dar vida a algumas das mais icônicas composições do frevo está sendo restaurado. Com quase cem anos, 88 teclas de marfim e uma história entrelaçada com a música brasileira, o instrumento que pertenceu a Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, está sendo salvo dos cupins e das notas desafinadas.
 

Amigos
 

Amigos, músicos e compositores que visitavam sua casa, na Rua Barão de Itamaracá, no Espinheiro - Recife, eram recebidos ao som do seu piano alemão C. Bechstein. Capiba não era apenas um mestre do frevo — sua genialidade transitava por diversos gêneros musicais.
 

Iniciativas

 
Nos próximos cinco anos, diversas iniciativas serão realizadas para celebrar e difundir o legado do compositor. Em 2025, o projeto Capiba 120 Anos – Preservação e Difusão ganharão destaque com uma megaexposição fotográfica no Museu do Estado de Pernambuco, baseada em 2.700 imagens que estão sendo digitalizadas com o apoio da Cepe – Companhia Editora de Pernambuco. Capiba será o homenageado do Carnaval de 2025, pelo Governo do Estado de Pernambuco.
 

O Livro

 
No Livro do Panteão dos Heróis e Heroínas de Pernambuco constam nomes e biografias de cidadãos que prestaram serviços relevantes à sociedade, permitindo a preservação de suas memórias e feitos. Nomes como Miguel Arraes, Bárbara de Alencar, Dom Helder Câmara, Ariano Suassuna, Eduardo Campos e Luiz Gonzaga estão inscritos.
 

Reforça
 

A homenagem reforça a importância de preservar e valorizar a memória dos grandes nomes que ajudaram a construir a riqueza cultural do estado.
 

Eterniza

 
Um resgate da memória. O  Livro do Panteão dos Heróis e Heroínas de Pernambuco, eterniza trajetórias de bravura e lutas por direitos. O Livro sugerida em 2019 por meio de projeto de resolução do ex-deputado Isaltino Nascimento (PSB), foi incorporada à Resolução nº 1.892/2023, da Mesa Diretora, que disciplina os prêmios, medalhas, títulos honoríficos e demais honrarias concedidos pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. 




Por: José Nivaldo Júnior - Publicitário, Consultor e Seguidor de Voltaire. 

Diretor de O Poder. Da Academia Pernambucana de Letras.



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