Advogados e políticos entram com processos para barrar Lula na Casa Civil

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Além do PV, parlamentares do DEM preparam uma enxurrada de ações populares nas 27 unidades da Federação, com o mesmo objetivo

Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula.

Para evitar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assuma o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, um grupo de advogados de Brasília, junto do Movimento Advogados Unidos contra a Corrupção, entrou, ontem, com uma ação popular na Justiça Federal. “Ela atente que a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil tem por finalidade impedir o seu julgamento em primeira instância, retardando o curso do processo”, diz a ação dos advogados. Além dos legistas, políticos de diversas legendas anunciaram que entrarão com uma enxurrada de ações na tentativa de barrar a nomeação do petista, como deseja a presidente Dilma Rouseff.

Na mesma linha, o líder do PV no Senado, Alvaro Dias (PR), alega que Lula se vale de um “expediente maroto” para garantir um foro privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e deixar de ser investigado pelo juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, responsável pelas decisões da Operação Lava-Jato. Além do PV, parlamentares do DEM preparam uma enxurrada de ações populares nas 27 unidades da Federação, com o mesmo objetivo. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também disse que estuda tomar providências judiciais em relação à nomeação do ex-presidente.

Para Dias, a presidente Dilma Rousseff deveria se abster de nomear uma pessoa ministro de Estado, caso esteja ciente de que paira a suspeita de prática de corrupção dela fora do governo. O parlamentar argumentou na ação que Dilma precisa ter responsabilidade sobre os efeitos de decisões que vai tomar. “Efetivamente não há justificativa plausível capaz de nortear a nomeação do ex-presidente Lula para integrar o primeiro escalão do governo da presidente Dilma Rousseff. É ostensivamente uma manobra política para blindar o ex-primeiro mandatário do país sob o abrigo de uma Pasta ministerial. A referida artimanha constitui verdadeiro escárnio às instituições da República, ao princípio da moralidade e ao Estado Democrático de Direito”, disse o líder do PV, na ação de 11 páginas.
Por: Diario de Pernambuco.


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