COLÉGIO MARISTA PIO XII 56 ANOS EDUCANDO COM QUALIDADE

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Colégio Marista

Tudo começou quando Marcelino Champagnat idealizou uma congregação baseada em Maria, mulher, mãe e educadora, pois ela é o caminho que nos conduz a Jesus de Nazaré.

Depois de muitos colégios Maristas criados em todo mundo, no ano de 1960, é fundado através de muitos esforços da comunidade surubinense, o colégio Marista Pio XII no dia 17 de abril. Fincaram-se raízes Mariais, de uma congregação voltada para fé, família e solidariedade, onde se apoiam em quatro pilares fundamentais: Espírito de família, autenticidade, simplicidade e espírito de trabalho.

Dentre os principais fundadores encontram-se monsenhor Luís Ferreira Lima e o Ir. Bernardo Aguiar, que foi o primeiro diretor. No início, o colégio funcionou com Ir. Arlindo, Ir. Vianês e Ir. Bernardo, oferecendo cursos Científico e Clássico, chegando também a funcionar com turnos integrais.

O Colégio Marista Pio XII é um centro de aprendizagem de vida e evangelização, que tem como missão: Tornar Jesus Cristo conhecido e amado, anunciando o evangelho e os valores do Reino de Deus. O jeito Marista de educar fundamenta-se nos ideais de São Marcelino Champagnat. Para bem educar uma criança, um jovem, é preciso antes de tudo ter amor por eles. A Instituição constitui-se num ambiente propício de formação da pessoa em todas as dimensões: cognitiva, social, afetiva, cultural e espiritual, visando uma sociedade mais solidária e possível para todos. O objetivo primeiro do projeto educativo e evangelizador Marista é a promoção da vida em todos os sentidos. Estamos atentos aos clamores dos empobrecidos, lutando com eles e por eles, em busca da justiça, da partilha, da dignidade e da ética. Desenvolve um trabalho que visa à formação integral do educando, tendo como modelo de virtude, MARIA, pedagoga da esperança e do amor.

Como escola católica, é uma comunidade em que fé, esperança e amor são vividos e comunicados, na qual os educandos, progressivamente, são iniciados no permanente desafio de harmonizar fé, cultura e vida.


Dirigido pelo Irmão Gerson Lima, o Colégio Marista acolhe cerca de 1000 educandos e um corpo de 80 educadores (professores e funcionários) comprometidos com a aprendizagem significativa, proporcionando aos educandos o desenvolvimento de competências e habilidades que atendam aos novos paradigmas de qualidade exigidos em um mundo globalizado.

Palavras do Diretor

Irmão Gerson de Lima

Na sociedade em que vivemos, com a ampliação das ambiências de formação escolar, a atual concepção e Educação proposta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, insiste na formação de um cidadão ativo e tecnicamente competente, não se restringindo, como no passado, a mera transmissão de conhecimentos, onde a atividade de ensinar era centrada no professor, detentor dos saberes do aluno.

Entretanto, a grande preocupação de São Marcelino Champagnat era dar respostas às necessidades e aos problemas de sua época, justamente no auge em que a Pedagogia Tradicional ditava que a principal tarefa da escola era a de transmitir conteúdos escolares e ainda castigar os alunos fisicamente. Para ele, a missão de educador, empenhava-se no bom senso e sabedoria, em estabelecer estratégias que mantivesse vivo o espírito de educação cristã, ajudando crianças e jovens a tornarem-se “bons cristãos e virtuosos cidadãos”.

O exemplo e a presença prolongada também eram elementos importantes na pedagogia, que ele resumia: “Para bem educar as crianças é preciso, antes de tudo, amá-las, e amá-las todas igualmente”.  E por que não amarmos também os jovens conflituosos, aflitos, inquietos, indecisos, incompreendidos por seus familiares e por uma sociedade excludente?

Desse princípio fundamental, ainda complemento: E por que não um “Amor Incondicional”?  Acredito que ao amarmos dessa forma estaremos contribuindo para a construção de pessoas comprometidas com a transformação da sociedade, tendo como fundamentos os valores cristãos, vivenciados através do diálogo, do respeito mútuo, da convivência fraterna, das ações solidárias, com liberdade e responsabilidade.

Que sejamos o espelho de Maria, nossa Boa Mãe da visitação, caminhante corajosa em busca de seus filhos, agindo com simplicidade, amor e justiça. É o conjunto desses elementos e a sua interação que conferem originalidade à Educação Marista e que precisam sempre ser acentuados na nossa comunidade.

Conversando com os irmãos Maristas

Irmão Antônio Aguiar, Irmão Gerson e Irmão Moreira de Freitas.

Ir. José Moreira de Freitas ex-Educador e Gestor do Colégio Marista Pio XII, natural da cidade de Serrinha –BA. Ir. Moreira como era chamado pelos alunos na época que era educador e gestor.

Em 1953 entrou na congregação Marista aos 14 anos e meio. Foi aluno do Colégio São Luiz – Recife, no ano de 1954 foi para Apipucos concluir seu curso fundamental no Colégio Conceição. O curso médio fez quando se preparava para os primeiros votos nos anos de 1958, 1959 ,1960 e 1961 em Campina Grande e Recife.

Naquele tempo fazia um curso preparatório relâmpago para lecionar (curso de atualização de ensino) fez na Bahia e assumiu uma cadeira de geografia, história e ciências no Colégio Sagrado Coração em Nossa Senhora do Bonfim. O Colégio era dirigido pelo Ir. Antônio de Aguiar de 65 à 65  lecionando. Passando esse tempo voltou para Recife onde fez vestibular para Ciências Biológicas na Faculdade Católica dos Jesuítas (UNICAP).

Final de 1966 foi transferido e foi trabalhar no Colégio Conceição (Apipucos) e ao mesmo tempo transferido para Universidade Federal durante o dia e a noite lecionando até 1969.

Uma vez por semana passava dois dias em Surubim e ao mesmo tempo lecionava Iniciação à Química e Biologia no Colégio Marista Pio XII.

Em 1969 falou para o Ir. Damião Clemente que era o provincial que queria vir morar em Surubim e foi residir na comunidade Marista. Trabalhou lado a lado até o início de 1975, quando o Ir. Antônio Aguiar foi pra Maceió e Ir. Moreira assumiu a direção até 1981, quando entregou a direção para Ir. Ferreira, ficando como vice. E chegando o final de 1981, pediu transferência e no início de 1982 viajou para Recife assumindo o Colégio Conceição. Depois foi transferido para dirigir o Colégio Marista em Aracatí – CE e em seguida foi gestor do Marista em Santana do Araguaia.

De volta a Surubim há seis anos, com 12 anteriormente, soma-se 18 anos. Gosta muito do povo daqui. “O  povo de Surubim é um povo dinâmico, lutador, tem garra, foi um dos lugares que eu mais me identifiquei. A cidade tem moradia crescente, povo independente, isto é muito bom”, explica o Ir. Moreira.
            O Colégio era só de homens e tinha internato. Depois passou para o Estado, foi quando houve uma confusão política. Segundo ele, o livro “Moedas Falsas” de Dr. José Nivaldo conta todo o episódio ocorrido na época. O Diretor do Educandário era Ir. Moreira que não deixaram entrar e bradou aqui: só passa por cima do meu cadáver. A população de Surubim se revoltou, tinha pais se escondendo com espingarda na escuta, se houvesse invasão ia ter derramamento de sangue.

O Colégio foi desocupado e foram para Escola profissional e os alunos foram divididos. A outra parte para a Escola Estadual. Depois os alunos voltaram para o Marista que passou a ser particular, então o Marista assumiu legalmente o Colégio Marista de Surubim e há 10 anos tornou-se um Colégio de obra social, tem um convênio com a Prefeitura onde é dado toda merenda. O fardamento e os livros são doados pelo Colégio Marista.

Quando o Colégio Tornou-se social, muitos alunos saíram para o Colégio Nossa Senhora do Amparo e 3º Milênio de Limoeiro. No Colégio Marista hoje só entra pessoas que passam pela triagem a assistente social.

Depois que o Ir. Gerson assumiu o Colégio, saíram 10 crianças chorando para permanecer no colégio. Os pais tem que comprovar uma renda de até um salário ou menos. Se o pai melhorar de vida, passar do que é exigido no Colégio, vai ter que sair, pois é a norma do Colégio.

Ir. Gerson é natural de Surubim, já passou por vários Colégios Maristas do País. Assumiu a direção do Colégio Marista em 1997 a 2001 e retornou em 2011 a 2016 e fala: “Eu ficaria eternamente na minha terra. A disciplina, o compromisso dos educandos e o amor à casa e à causa, eles tem vocação mesmo para ser educadores, o resultado acadêmico a cada ano é progressivo. Todos os anos os alunos passam no ENEM, eles também participam da olimpíada de matemática da rede dos Colégios Maristas e ficamos em 3º lugar. O que me deixa muito feliz! A nossa arte, cultura, dança, teatro e música que é de qualidade, principalmente por ter tido os incentivos do Ir. Eduardo Amorim”, conta.

“Depois que Ir. Eduardo foi embora, nossos professores ficaram melhores com Piancó Neto – Coordenador do CEAC Arte e Cultura, Janaína Professora de dança e coreografia, Igor Professor de Teatro, Tuca Professor de Música”, continua.

Além do Ir. Moreira e Ir. Gerson, também batemos um papo com o Ir. Antônio Aguiar em sua residência. É de se encantar com sua sabedoria aos 96 anos de idade. “Há um momento na vida que devemos olhar para trás. Eu me encontro nesta dimensão”, frisou Ir. Antônio Aguiar.

Ir. Antônio esteve de 1969 à 1975 como Diretor do Colégio Marista Pio XII de Surubim. “Aqui encontrei com muita alegria o meu querido tio Ir. Bernardo que junto ao Monsenhor Luiz Ferreira Lima se tornaram os fundadores do Colégio Pio XII. Hoje volto ao meu antigo Colégio Pio XII e me sinto entusiasmado com o que vejo, olhando o Campo de São Marcelino Champagnat, ou seja, Colégio Educação Marista”, relembra.

Depois de nove anos o Ir. Antônio Aguiar está de volta ao colégio que se confunde com sua história. “Encho-me de vaidade em ter sido um dos fundadores e proporcionado o que vejo hoje. Voltando à comunidade Marista me encontro ao lado de dois eficientes membro de nossa família, Ir. Gerson que foi aluno e agora Diretor do nosso Educandário Marista e o Ir. Moreira que também foi aluno, educador e gestor. Se olho ao meu lado, sinto a presença de uma plêiade de antigos alunos(as) que nos proporcionaram orgulho, alegria e iniciação do grande aparato que vejo hoje ao meu lado, minha ex-aluna Maluma Marques promotora do desenvolvimento do memorial intelectual dessa grande pujança de antigos alunos(as) é um orgulho muito grande para mim”, expressa com um singelo sorriso no rosto.

Ele analisa o crescimento do campo, intelectual e moral dos antigos alunos maristas do nosso Pio XII. “O desenvolvimento religioso da grande cidade do agreste pernambucano, sinto em toda parte. Se olho para o setor econômico descubro que aqui em Surubim está plantando o desenvolvimento da cidade que tem prosperidade. Por tanto me sinto honradíssimo em poder propagar junto aos meus conterrâneos de Pernambuco o quanto é engrandecedor para um antigo professor e diretor, sentir a pujança do crescimento dessa bela cidade do Agreste de Pernambuco.Pensando até que em breve estaremos dividindo as honras com Caruaru de sermos uma das cidades mais promissoras em crescimento. Faço votos para onde chegar a capacidade de minha querida interlocutora que vale a pena celebrar junto aos antigos alunos as glórias do desenvolvimento econômico, moral e intelectual da grande cidade Pernambucana”, ressalta com altivez o Ir. Antônio Aguiar.











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