Governo tenta votar novamente urgĂȘncia para projeto de reforma trabalhista

0 Comments
Foto: Internet.


Sem ter conseguido votos suficientes para aprovar requerimento de urgĂȘncia para o projeto 6787/16, que trata da reforma trabalhista, o governo vai tentar novamente hoje (19) a aprovação da urgĂȘncia. Ontem, o governo sĂł conseguiu mobilizar 230, dos 257 votos necessĂĄrios para aprovar o requerimento. Apresentado por sete lĂ­deres da base aliada, alĂ©m do lĂ­der do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e pelo relator da matĂ©ria, RogĂ©rio Marinho (PSDB-RN), o novo requerimento de urgĂȘncia pode ser votado ainda nesta quarta-feira no plenĂĄrio da CĂąmara dos Deputados.

CaberĂĄ ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se colocarĂĄ o requerimento em votação. Caso a urgĂȘncia seja aprovada, o texto poderĂĄ ser colocado em votação na comissĂŁo especial, na prĂłxima semana, e, logo apĂłs, estarĂĄ pronto para ser analisado no plenĂĄrio.

A possibilidade ocorre porque, com a aprovação do regime de urgĂȘncia, alguns prazos serĂŁo dispensados, como os de vista (duas sessĂ”es) e para apresentação de emendas ao substitutivo (cinco sessĂ”es).

No entanto, caso a nova tentativa fracasse, o projeto terå que ser discutido e votado na Comissão Especial da Reforma Trabalhista. No processo, alguns prazos terão que ser obedecidos, como duas sessÔes para vista do parecer e cinco sessÔes para apresentação de emendas, além de discussão e votação no colegiado antes de ser levado à preciação em plenårio.

A oposição protestou  e chamou de "manobra" a tentativa de nova votação da urgĂȘncia. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) interpelou Maia. "O requerimento de urgĂȘncia foi derrotado, porque nĂŁo atingiu os 257 votos, e eu fui atingido com a informação de que Vossa ExcelĂȘncia [Rodrigo Maia] quer repetir a votação. O governo tem que reconhecer que perdeu ontem", disse.

Fontana chegou a lembrar do ex-presidente da Casa, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcado por repetir votaçÔes cujo resultado discordava, no episódio que ficou conhecido como "pedaladas regimentais". "Se o governo tem votos, pode votar na comissão, pode arregimentar seus votos, mas repetir hoje uma votação do mesmo requerimento que foi derrotado ontem?! Isso não fica bem para o Parlamento", afirmou.

Maia, contudo, nĂŁo respondeu ao deputado oposicionista. 

Reforma


O relator da reforma Rogério Marinho (PSDB-RN) apresentou substitutivo ao texto, propondo que os acordos entre patrÔes e empregados prevaleçam sobre a lei nas negociaçÔes trabalhistas, sobre temas como banco de horas, parcelamento de férias e plano de cargos e salårios, entre outros.

Marinho propĂŽs tambĂ©m a possibilidade de negociação do aumento na jornada de trabalho, que poderĂĄ chegar atĂ© 12 horas. O deputado incluiu ainda o chamado trabalho intermitente e o teletrabalho. O primeiro se caracteriza pela prestação de serviços de forma descontĂ­nua, podendo alternar perĂ­odos em dias e horas, cabendo ao empregado o recebimento de salĂĄrio proporcional ao nĂșmero de horas efetivamente trabalhadas.


JĂĄ no caso do teletrabalho, os funcionĂĄrios poderĂŁo prestar serviços fora das dependĂȘncias da empresa, a exemplo da prĂłpria casa, com o uso de tecnologias de “informação e de comunicação que, por sua natureza, nĂŁo se constituam como trabalho externo”.

Por: AgĂȘncia Brasil.


You may also like

Nenhum comentĂĄrio: