O empresário e ambientalista Severino Montenegro é sinônimo de amor pela natureza em Caruaru. Ele é uma das maiores referências de preservação ambiental no Estado. O Jornal Terra da Gente esteve em Caruaru para conversar com ele e saber as novidades e conhecer um pouco da sua trajetória de sucesso.  Severino é casado com Maria Odete, educou seus filhos Ricardo e Newton Montenegro, pautados em princípios éticos e os mais altos valores morais. Também avós, o estimado casal tem como seus xodós as netas Adélia e Manuela e o neto Heitor.

Natural de Frei Miguelinho, ele nasceu há 71 anos, no final da Segunda Guerra Mundial, na beira do Rio Capibaribe. Mas foi em 1952 que ele veio para Caruaru. “Meus pais vieram para que pudéssemos ter um local para estudar. A partir daí começou uma trajetória na cidade. Quando vim para Caruaru pela primeira vez, me deslumbrei pela sua beleza. Cheguei no comecinho do dia e as luzes da cidade ainda estavam acesas. Foi a partir desse encontro que comecei a admirar  Caruaru. Quase toda a minha formação foi em escola pública. Fiz o curso técnico em Contabilidade no Colégio Comercial de Caruaru. Comecei a exercer essa atividade profissional e passei 37 anos como  contabilista. Em 1975 conclui o curso de Direito pela FADICA atualmente ASCES. A minha origem sempre foi rural e quando comprei um terreno na década de 70, comecei a me dedicar à natureza”, destaca.

Sempre atuante em diversas entidades e movimentos comunitários, foi por muitos anos diretor da ACIC - Associação Comercial e Empresarial de Caruru e da CDL - Câmara de Dirigentes Lojista de Caruaru, sendo atualmente conselheiro das duas entidades. Um dos mais atuantes rotarianos da cidade, foi por duas gestões, presidente do Rotary Club Caruaru. Sócio fundador e ex-presidente da ACCAPE – Associação dos Contabilistas de Caruaru e Agreste de Pernambuco. É um dos pioneiros a levantar a bandeira em defesa do meio ambiente e   sustentabilidade, e muito antes do assunto ocupar a mídia, defendia a causa verde, sendo um dos fundadores da ASPROMA - Associação dos Protetores do Meio Ambiente de Caruaru e presidente do CONDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente em 2004/2006. Seu trabalho em defesa da natureza lhe fez merecer especial e reconhecida homenagem quando, por unanimidade dos Poderes Executivo e Deliberativo, teve seu nome escolhido para denominar o primeiro parque ambiental de Caruaru, o Parque Ambientalista Severino Montenegro, no bairro Indianópolis. “Em 1972 adquiri uma propriedade rural que hoje está na área urbana de Caruaru. A partir daí comecei a plantar e fazer uma sementeira doméstica, e não parei mais de trabalhar junto com a natureza. Eu diria que não sei exatamente quantas árvores já plantei até hoje, posso dizer milhares… Tudo isso plantando, disseminando e distribuindo com as pessoas amigas. É uma tarefa muito enriquecedora. Sou um apaixonado pela natureza”, afirma.

Seu mais recente projeto é o Condomínio Monteverde, empreendimento que concebeu a partir de sua vivencia como ambientalista e que pode desenvolver toda sua criatividade para criar um ambiente único no Estado, onde seus moradores desfrutam de uma convivência harmoniosa com a natureza, implantando na cidade um novo conceito de moradia.  “Ao longo da implantação do condomínio Monteverde plantamos centenas de árvores, sempre com o cuidado para que cada uma fosse compatível com a característica do nosso clima. É um grande empreendimento, onde as pessoas podem usufruir de um maior contato com a natureza. Levamos esse empreendimento para ser licenciado pelos órgãos ambientais, aprovado pela Prefeitura Municipal e registrado no cartório competente. A partir daí começaram as vendas. Hoje ele está consolidado. Dos 110 lotes do empreendimento, mais de sessenta foram vendidos, dos quais mais de 50% está construindo. O ser humano é parte integrante da natureza. A natureza tem que ser cuidada e preservada para as gerações futuras”, salienta.

Falando sobre o que costuma fazer nas horas livres, ele finaliza deixando um recado para todos nós. “O meu maior passatempo é cuidar da natureza. Eu considero isso um estilo de vida. Cuidar da natureza, das plantas, plantar uma semente e vê-la crescer é muito gratificante. Eu diria que se eu tivesse de começar faria praticamente tudo que eu fiz. Algumas coisas poderiam ter mudado, apenas com mais entusiasmo. Vejo que aquilo que eu sonhei foi concretizado”, pontua.