NO NATAL, EU VIRO PAPAI NOEL!

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Marcos EugĂȘnio Welter.


Em tempos de Natal, Deus, o Grande Arquiteto do Universo, em sua infinita bondade, presenteou-nos com seu filho Ășnico, Jesus, o Salvador.

Natal é tempo de paz, amor, oração, de praticar a fé que nos move, de congratular, de rever amigos e familiares; trocar gentilezas, mensagens, presentes. O Natal, assim como esta troca é gentileza, é praticar a doutrina do amor ao próximo.

Para mim o Natal vai alĂ©m da porta de casa. Para viver o clima de Natal preciso de forma particular pensar na carĂȘncia alheia, nos adultos que se recompĂ”em com um abraço, com as crianças que renovam as esperanças ao ter nos braços um brinquedo que a famĂ­lia nĂŁo pode ofertar.

E como encontramos pares dispostos a fazer o Natal do prĂłximo, eu me junto a Academia de Letras do Brasil, ao Grupo de Proteção Ă  InfĂąncia e AdolescĂȘncia, Maçonaria, e Instituto Bom Samaritano para, num esforço conjunto, arrecadar verbas e comprar muitos jogos, carrinhos, bolas, bonecas, livros guloseimas, 350 cestas bĂĄsicas, alĂ©m de 350 aves (chester), que vĂŁo dar mais alegrias para a Ceia de Natal de muitas famĂ­lias. 

Nos dias que antecedem o Natal a Equipe do Bem, camionete repleta de presentes, passeia pelos bairros da cidade. Visitamos famĂ­lias prĂ©-selecionadas com a ajuda da assistĂȘncia social e em meio a muita alegria e abraços vamos fazendo o Natal, que traz tanta emoção, que Ă© mais nossa do que de quem recebe.

É de arrepiar, ouvir a menina cheia de amor dizer à mãe:

-Mae... ganhei um livro.

Olhar o menino todo arrumado, de cabelos penteados, sentado na calçada, e o pai dizer que ele acordou às seis da manhã para garantir este momento mågico, ele quer um abraço do Papai Noel.

Esta paixão pelo Natal começou ainda na infùncia, numa abençoada família de onze irmãos, onde o Natal era feito de expectativa e traquinagem.

Vatti e Mutti (papai e mamĂŁe) costumavam passear no final do dia. Mal ouvĂ­amos o portĂŁo bater, Ă­amos vasculhar os armĂĄrios e encontrar os presentes! Com muito cuidado abrĂ­amos os pacotes com bola e Ă­amos jogar, deixando sempre um no portĂŁo para vigiar o retorno. Quando o vigia dava o sinal, bola de volta ao embrulho!

Vatti e Mutti encontravam os mais velhos lendo e os menores ouvindo histĂłrias contadas pela irmĂŁ mais velha. ParecĂ­amos anjinhos, mas o suor denunciava que havĂ­amos aprontado.

Minha mĂŁe tocava piano, meu pai bandolim e nĂłs, como a famĂ­lia Von Trapp, cantĂĄvamos melodias natalinas.

A noite de Natal era uma mistura de magia e ansiedade. As batidas de Papai Noel na porta dava medo; e antes de receber o brinquedo vinha a promessa dita em alemĂŁo, idioma falado em casa:

-Amado e bondoso Papai Noel, nĂŁo me olhe assim tĂŁo bravo, guarda o teu cajado que o Marcos promete ser um bom menino,

JĂĄ adulto descubro que Mr. WAS era inicial de Werner Arno Schubert: o Papai Noel da infĂąncia era meu tio, meu Ă­dolo que tanto me inspirou.

Que gratos, em 2022, sejamos mais humanos, caridosos. Saibamos dar mais vida na vida de outras vidas.

Desejo um santo e abençoado Natal!

Nota: Neste Natal escolhi vocĂȘ para compartilhar o meu conto de Natal, desejando a vocĂȘ um feliz e abençoado Natal e Ano Novo! Se vocĂȘ quiser, pode ler outros contos acessando o perfil da @albbrusque no Instagram.


Por: Marcos EugĂȘnio Welter - Trabalhou como Advogado e FuncionĂĄrio do Banco do Brasil, 
Presidente da Academia de Letras do Brasil - Seccional de Brusque-SC, 
Membro do Conselho Superior Internacional da ALB.


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