O MUNDO PRECISA DE UM RESET...

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O povo revolta-se, mas não muito…

Fernando Manuel Madeira.


Urgente e necessário que se crie um sistema, uma nova Ordem Mundial, mais social, mais justa e menos política, onde esta deixe de ser uma carreira rentável ao nível pessoal, mercê do excessivo poder, em nome de uma hipotética democracia, que a legislação privilegia e dê lugar a novos pensamentos e pensadores mais honestos.
O Estado, qualquer Estado, vai ficando mais rico, mercê de pesadas e injustas contribuições (impostos), sempre inventando novas taxas, que afetam o grosso da população contribuinte mais vulnerável, isentando as grandes e ricas instituições e personalidades.
Por pequenas dívidas, na maioria processual, penhora-se bens, salários e reformas que mal chegam para a subsistência familiar, enquanto o Estado/Governo perdoa milhões em impostos a grandes empresas e instituições, com ligações a pessoas e órgãos de Poder Político e Partidos do Sistema.
Não há dinheiro, dizem os políticos, para valer ao povo em sofrimento por dificuldade em alimentar a família ou pagar a sua habitação, correndo o risco de despejo e ficar com a família na rua, mas não falta dinheiro para continuar a subsidiar, Organismos, Observatórios, Fundações e outras personalidades que nada fazem pela sociedade. Nessas como em outras criam-se regras, como presenças, em reuniões inúteis onde auferem valores de presença, onde se questiona a sua presença, com compensações superiores ao salário mínimo nacional.
Taxam-se grandes valores de Imposto Municipal (IMI) sobre imóveis para melhor subsidiar as autarquias locais, isentando grandes organizações como Partidos, instituições, empresas grandes de serviços e aéreas, entre outras. Recordo quando o Poder Local era autossuficiente e tinha o seu próprio pessoal para garantir o serviço básico das populações. Hoje contratam-se empresas para fazer esse serviço, reduzindo o Poder Local à burocracia e justificando despesismo abismal com compromissos com as empresas, algumas familiares. Só no Ano de 2022, o Estado português registou a contratação de mais 7906 funcionários para um total de 742,260 funcionários num universo populacional de cerca de 11 milhões de pessoas. Para o Poder Local, 4,256 e Poder Central 3,650.  Todos querem política ou serviço público.
Frustrante pensar que o cidadão comum assume encargos bancários para comprar um imóvel familiar, que dificilmente pode pagar (os que podem) e que nunca é verdadeiramente seu porque tem impostos adicionais, correndo o risco de penhora do mesmo por falta de pagamento do imposto, esbanjando onde não é socialmente correto. Eu fui vítima.
Lembro, quando criança, já na escola, perguntavam: “o que queres ser quando fores grande?” As respostas sucediam-se mais num espírito de vaidade e altruísmo das crianças.
“Eu quero ser bombeiro, outros: mecânico, eletricista, carpinteiro ou até polícia” …
De famílias mais abastadas, o desejo de ser médico ou advogado. Na maioria a exemplo das profissões dos pais.
Hoje as acrianças reagem rápido e sem dúvidas, manifestando o desejo de ser jogador de futebol ou político.
Quanto ao futebol, também afetado por corrupção e vigarices, o desejo de ganhar muito dinheiro, pouco se pode acrescentar.
Quanto a política, começam os jovens, de muito novos a perceber a força que a mesma tem na sociedade civil, as dificuldades que os pais têm, a falta de empregos etc. e pensam em aderir à Juventude partidária, dos partidos mais influentes, onde crescem na ambição de um lugar de futuro, pois são esse que lhes pode garantir melhor futuro. Nos partidos mais à esquerda a manifestação vem pelos sindicatos onde a Sociedade vai perdendo excelentes profissionais para sustentar candidatos a políticos. Como se aprende na escola: promove-se um bom eletricista a Diretor e tem-se dois prejuízos: Perde-se um bom eletricista e ganha-se um mau Diretor.
A atração por estas duas áreas deve-se à necessidade de enriquecimento rápido e privilégios extraordinários, no caso dos políticos, muitas vezes de forma pouco elogiável.
No aspecto social, a revolta acentua-se. O cidadão comum contribuinte trabalha 30, 40 e mais anos. Quando se reforma não consegue o valor de um salário mínimo com que dificilmente terá de sobreviver. Já os políticos/Governo Assembleia da República e outros agregados do Estado trazem de pensão vitalícia. Muitos por 3, 6 e 12 anos de atividade política.
Questiona-se o porquê da abstenção em atos eleitorais. Em Portugal, metade da população não vota. É um dever, mas não obrigação ainda. O povo já não acredita em políticos que só tiram a gravata em campanha eleitoral, com falsas promessas, que na maioria não cumprem.
É preciso fazer um Reset humanitário. Sem saudosismo, que se volte a períodos em que o Mundo se regia por valores mais sociais, justos e humanitários, apesar das dificuldades, quando havia pensadores que acreditavam que deviam servir o Estado e não servir-se do Estado. Tempo em que os salários dos trabalhadores eram baixos, mas os dos diretores também. Fazia-se uma vida modesta, mas mais saudável a todos os níveis.
É urgente mudança de mentalidades e atitudes. Novas gerações políticas que entendam que é preciso mudar o Mundo para salvação do planeta, a começar pela educação. Ações mais justas coletivamente e não individualmente, que previnam tragédias e cataclismos, como guerras (armadas e políticas). Isso consegue-se a partir de uma educação mais rigorosa, em casa e na escola.
Fala-se de crise. Aumentam-se os preços, em especial a alimentação, combustíveis e demais fornecimentos de serviços como o gaz, energia e outros. Justificação: A guerra na Ucrânia/Rússia. Quem ganha: Os fornecedores e o Governo. Quem perde: o povo que sofre, porque é sempre quem paga a crise.
Pão Saúde e Educação, não podem ser só um slogam político e de propaganda, terão de ser preponderantes na sustentação da sociedade, para dar esperança aos nossos filhos. Os professores não são devidamente reconhecidos e mal conseguem viver com dignidade, mas suportam para assegurar a educação das crianças. São o parente pobre do Estado e do sistema. Lutam, reivindicam e tentam resistir às falsas promessas do Estado/Governo que não cumpre. Outros, simplesmente emigram, procurando melhores condições de vida.
O povo sofre e assiste a tudo isto, por vezes sem coragem de reagir, apesar de terem a força do seu lado, pelo voto.
O MUNDO PRECISA DE UM RESET – URGENTE!...

Por: Fernando Manuel Madeira - Escritor, Jornalista e Cientista da Computação.
Escritor, Jornalista e Cientista da Computação.



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