O QUE FIZERAM COM O CLIMA NO MUNDO

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Paulino Fernandes de Lima.


Como consequência da ação humana no Meio Ambiente, sente-se, cada vez mais, o terrível aumento da temperatura em todo o Planeta.

Mais preocupante ainda, é saber que as projeções para os próximos anos são ainda piores, bem como não se ter um plano ou projeto  de contenção ou redução do problema.

Dados divulgados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (órgão criado pela ONU para avaliar a ciência relacionada às mudanças climáticas) revelaram, recentemente, que cerca de 3,3 bilhões de pessoas estão vulneráveis às consequências do aquecimento global, tendo as pessoas, hoje, 15 vezes mais probabilidades de morrer devido a condições meteorológicas extremas do que no passado.

Sempre ouvimos falar dos nocivos gases de efeito estufa e da preocupante fragilização da camada de ozônio que protegem e regulam a superfície da Terra, todavia os impactos que as alterações ambientais provocam são bem mais contundentes do que as autoridades têm revelado.

Basta compararmos as mudanças climáticas hodiernas do lugar em que vivemos, com àquelas com que convivíamos há algumas décadas.

Certamente, não teremos, nunca mais, diminuição da temperatura em nenhuma parte do Mundo. Ao invés, essa medição só vem galgando, a cada ano, elevação de graus. Para este ano, já temos projeções negativas de aumento da temperatura, em pelo menos 1,5 C°.

Somos informados, há muito tempo, que esse desenfreio é derivado da ação humana sobre o Ambiente, que vai desde o desmatamento, passando não só pelos impactos que a industrialização tem provocado; mas pelos atos mais aparentemente sem importância.

Assim, quando se promovem políticas de educação para não se poluírem as praias, ou mesmo as que alardeiam sobre as perdas com as queimadas e a consequente necessidade perene de se plantarem árvores, estamos diante de sinais claros de que esses fatores chamam a atenção, pois contribuem enormemente para o grave problema das condições climáticas desfavoráveis em que hoje vivemos. 

O que precisamos, presentemente, é que as discussões deflagradas em conferências mundiais, a partir da que ocorrera em Estolcomo, em 1972, não só angariem mais soldados-membros para aumentar a comunidade defensiva do Meio ambiente, como as questões lá tratadas saiam do plano meramente teórico em que são imergidas e passem a compor o cotidiano de todo o mundo.

Caso contrário, não haverá tempo para que uma próxima geração consiga sequer amenizar o adoecimento do Planeta, provocado, em que pesem opiniões adversas, por ações humanas contrárias à sobrevivência.

A sociedade precisa ter a cons(ciência) de que é possível conciliar desenvolvimento com sustentabilidade, pondo esse binômio no encargo de nossos direitos-deveres. 

Quem sabe dimensionar quão sério é a questão aqui abordada é aquele que, sensivelmente, sente na pele (e enxerga em todo o complexo orgânico da Terra), as consequências hoje quase irreversíveis a que a destruição ambiental levou.

Por: Paulino Fernandes de Lima - Defensor Público; Professor; 
Presidente da Academia de Letras do Brasil (Alb/PE)


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