CALAMIDADE!

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José Vieira Passos.

Não poderia deixar de opinar e comentar o que está acontecendo no Rio Grande do Sul e outros estados brasileiros, devido as consequências das chuvas intensas que se precipitam em várias cidades desses estados.

As chuvas no Rio Grande do Sul sempre têm acontecido ano a ano, porém seus efeitos viam sendo menosprezados. Acontecem principalmente nas regiões que se desenvolveram às margens dos rios que enchem, suas águas invadem casas, as famílias sofrem, saem para abrigos e depois retornam para as mesmas habitações. 

Com o crescimento das áreas urbanas sem um rígido controle, novas habitações têm adensado as cidades – cada vez mais aproximando-se das margens dos rios. avenidas são construídas em suas margens, pontes cruzam os rios em cotas mais baixas que o nível máximo de enchentes – as pontes precisam estar numa cota acima de uma  cheia centenária ou mesmo milenar. 

As causas mais recentes das enchentes naquela região são conhecidas pelos técnicos estudiosos de chuvas intensas. Ocuparam e estão ocupando áreas inadequadas - a faixa inundação dos rios -, houve e está havendo o desmatamento das cabeceiras dos rios, reafirmo, pontes são construídas em cotas baixas, que barram o escoamento das águas por árvores que não resistem a correnteza das águas que fazem subir o nível do córrego, dai, as inundações, gerando a calamidade, que cresce ano a ano. “O rio só queria passar”. Ele não tem culpa, e não precisa se desculpar, estreitaram seu caminho. 

Os efeitos climáticos estão provocando desastres, em todas as regiões do planeta, principalmente nas áreas urbanas, mas poderia ser menos danoso para o homem – o grande predador -, se tivessem construindo suas habitações em áreas recomendadas pelos técnicos, conhecedores do assunto. 

Vejam agora o resultado do descaso, cidades estão sendo inundadas: serão necessários bilhões de reais só para recuperar os estragos. Teria sido mais barato fazer as obras de prevenção.

Levando o exemplo do que está acontecendo no Sul do Brasil, para nossa Alagoas, poderemos sofrer com uma cheia sem precedentes, porque ainda não foram implantadas, as obras das barragens para regularização da vazão dos rios Paraíba e Mundaú -, estudos já concebidos e orçados desde a cheia que assolou Alagoas em 2010.

A Natureza tem sido agressiva – bastante -, ultimamente, em todas as regiões do planeta Terra. O homem, está destruindo seu habitat, então nossa Terra, sabiamente, se manifesta. Sim, a natureza é viva, ela dá sinais de desconforto; quando não é atendida, passa a agredir. A palavra moderna passou a ser Efeitos Climáticos!

Que Alagoas, que Maceió e outras cidades procurem recursos, junto ao Governo Federal, para implantar obras de prevenção contra calamidades. O mundo está crescendo, e os problemas aparecendo: novas doenças, trânsito intenso, desastres ceifando vidas e desalojando famílias. O Século XXI trouxe a modernidade, amenizar esses problemas é necessário. Quem viver, verá!    

Por: José Vieira Passos Filho - Pres. da Academia Alagoana de Cultura, Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Sócio Efetivo da Academia Maceioense de Letras, 
Sócio Honorário do SOBRAMES (AL), Sócio Efetivo da Comissão Alagoana 
de Folclore. Presidente da ALB de Alagoas.


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