ENTREVISTA COM LUANA MARIA SOUSA

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Luana Maria Sousa.


Luana Maria Sousa, Mestranda no Programa Interdisciplinar em Sociedade e Cultura. Uespi. Universidade Estadual do Piauí.

Como podemos definir o povo cigano? 

Luana Maria Sousa: Os ciganos são um grupo étnico que podem ser conhecidos com várias denominações entre os diversos países. Por exemplo Gitanos na Espanha, Zingaros na Alemanha. No entanto, eles se auto denominam ROM. O termo cigano, muitas vezes pode ser ofensivo, uma vez que é uma criação não cigana repleta de estereótipos.

2. Qual a origem? Quais etnias há no Brasil? 

Luana Maria Sousa: A maioria das pesquisas rementem a um povo originário da Índia, que se espalhou por diferentes partes do mundo ao longo dos séculos. No Brasil as principais etnias que temos são rons, calons e sinti. No entanto, algumas pesquisas remetem a grupos e subgrupos exclusivos do nosso país. Faltam pesquisas nessa área.

3. De onde surgiram os estereótipos em relação aos ciganos? 

Luana Maria Sousa:  Qualquer estereótipo ele surge a partir das diferenças. Ciganos estavam no “quintal” europeu foi um choque para os padrões da época. O simples fato de ser cigano incomodava dos reis aos camponeses. A igreja católica é sua influência no imaginário coletivo também tem sua contribuição na perpetuação dos eternos estereótipos. A falta de conhecimento só reforça os estenótipos posso citar dois exemplos clássicos. O primeiro seria a atribuição dos ciganos a vagabundos. Isso é uma calúnia uma vez que a própria nomenclatura dos grupos é subgrupos entre eles remetem a uma profissão. A segunda seria o dente de ouro que para os não ciganos seriam uma ostentação. Para os ciganos a presença do ouro remete a proteção e sorte.

4. O que te levou a estudar o povo cigano? 

Luana Maria Sousa: O lado acadêmico foi quando em uma aula na universidade fui apresentar um trabalho e um professor disse que todo o cigano era ladrão. Isso para mim foi terrível de aceitar. Então, decidi pesquisar naquele dia. Do lado pessoal ciganos sempre me despertou curiosidade e afinidade. Além, é claro de um respeito e admiração de um povo que tanto sofreu e até hoje se faz presente.

5. Qual o espaço desta temática no meio acadêmico? 

Luana Maria Sousa: Ainda é pequena. Mas já avançamos principalmente dos anos 2020. Avançamos mas ainda falta muito. E um aprendizado diária tudo isso. Precisamos dialogar com os ciganos e acima de tudo temos que ouvi-los.

Saiba mais em Programa Pauta Nossa https://www.youtube.com/live/i=IhDISQ0RUhZ7nwi7

Por: Renata Barcellos (BarcellArtes) - Professora, Poetisa, Escritora e Membro Correspondente do Instituto Geográfico de Maranhão, Apresentadora do programa Pauta Nossa da Mundial News RJ.




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