ESPERANÇA

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Malude Maciel.


O mundo inteiro assistiu esperançoso à passagem para um novo ano. Cada coração bate forte por dias melhores, tanto que a saudação comum e geral é: “Feliz ano novo!” E, 2025 foi saudado de diversas formas, em diversos lugares e em diversas situações.

Sou natural do país de Caruaru onde há grandes e fortes tradições, embora o tempo seja capaz de modificar os costumes. Desde criança costumava ter meu “réveillon” no marco zero da cidade, em frente à igreja da Conceição, onde aconteciam grandiosas e memoráveis festas populares festejando o Natal e dando vivas ao ano iniciante. As famílias se reuniam naquele local bem preparado com mesinhas, parque de diversões para as crianças, o passeio dos brotinhos da época e mil e uma atração, em torno, inclusive o famoso pastoril apresentando no palco as pastorinhas belas dos cordões azul e encarnado. À meia-noite, em ponto, apagavam-se as luzes do mestre Teixeira e uma placa, na torre da igreja apresentava a nova numeração.

Continuo, não só rememorando, mas também desejosa de outra vez passar os últimos minutos da passagem anual, ali, confraternizando com amigos; porém isso não existe mais.

Sei que tudo é muito individual, cada pessoa faz suas opções de acordo com sua realidade; atualmente a população de Caruaru tem outro hobby já bem consolidado: aproveitar o verão no litoral, desde os festejos natalinos.

No meu caso, nunca tinha reunido no sítio com essa finalidade, mas desta feita, aconteceu e foi legal. Uma nova experiência cheia de aprendizado.

O que mais me sensibilizou foi a colaboração dos familiares participantes, pois cada um se esforçou, ao seu modo para o sucesso do evento, com ceia, decoração e queima de fogos. As crianças gostaram da novidade e foi muito proveitoso. Até o pet se esbaldou tanto pelo mato que ficou cheio de carrapichos; um horror para tirar.

É lógico que em cada lugar, os indivíduos têm seus hábitos e comemoram a nova etapa da vida como melhor lhe convém e como é possível. Dando asas à imaginação  a gente pode saber que nem tudo são flores, porque há quem esteja nos hospitais, nos presídios, pelas ruas, sem famílias, e mesmo em altas-rodas, sem paz, sem harmonia  nem fé; talvez chorando, não de alegria, mas de desventuras. Que Deus conceda dias felizes ao povo que ele ama.

Não estávamos num templo religioso, como alguns, mas naquele recanto rural fizemos nossas orações e brincamos muio, vibrando pelo novo porvir com muita esperança e pedidos de todos: os bens necessários para uma vida plena, saúde, paz, amor, boas finanças, educação, segurança e tudo de bom.

Roguemos que a Esperança não morra nunca, pois a humanidade precisa de um lenitivo para viver.

Que 2025 seja infinitamente melhor que o ano anterior, essa é a nossa prece.

Por: Malude Maciel -  Jornalista, Escritora e Membro da ACACCIL 
Cadeira 15 – Profa. Sinhazinha.


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