UM MARCO INOVADOR NO CENÁRIO POÉTICO BRASILEIRO CONTEMPORÂNEO

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Ronnaldo de Andrade.


A nova forma poética Spina surge como um marco inovador na literatura brasileira contemporânea, oferecendo uma oportunidade para que os poetas explorem novas formas de expressividade poética e criem obras que desafiem e inspirem a muitas pessoas. Com sua estrutura única e regras específicas, o Spina permite que os poetas desenvolvam suas habilidades e expressem suas ideias de maneira original, contribuindo para a riqueza e a diversidade da poesia brasileira.

Além disso, o Spina se apresenta como uma plataforma para que os poetas possam se expressar de maneira autêntica e inovadora, refletindo sobre as questões atuais e urgentes que afetam a sociedade brasileira e mundial, criando um espaço à reflexão, à crítica e à criatividade. O Spina comporta todos os assuntos e temáticas, desde os mais universais até os mais específicos, e se caracteriza por uma abordagem lírica que busca capturar a essência da experiência humana.

A forma poética Spina pode ser vista como uma expressão dessa tensão entre a tradição e a inovação, mencionada por Antonio Candido: “A literatura brasileira é uma literatura que se forma na tensão entre a tradição e a inovação, entre a fidelidade ao passado e a necessidade de criar algo novo.” (CANDIDO, 2004, p. 23). Nesse sentido, o Spina pode ser entendido como uma forma de evocar essa tensão, criando um espaço para a expressão poética que, ao mesmo tempo, valoriza a tradição e é inovadora.

O Spina representa uma nova perspectiva para a poesia, valorizando a experimentação e a inovação como elementos fundamentais à criação de textos poéticos, originais e impactantes. Oferece oportunidade para que os poetas possam explorar novas possibilidades expressivas e criar uma linguagem poética que seja pessoal e universal, conectando-os à rica tradição poética do passado e permitindo que eles a reinterpretem de maneira criativa e inovadora.

Do ponto de vista teórico, acreditamos que o Spina se insere no contexto da literatura pós-moderna, dialogando com as formas poéticas do passado sem perder sua originalidade. Segundo o teórico Jean-François Lyotard (2009, p. 16), a pós-modernidade é caracterizada pela “incredulidade em relação às metanarrativas”. O Spina traz um novo modelo de poesia, que explora novas formas de expressão e criatividade, permitindo que os poetas sejam mais autênticos e ousados ou não em suas obras.

A poesia, como afirma Marjorie Perloff (2006, p. 15), “é uma forma de arte que está sempre em processo de redefinição e reinvenção”. Nesse sentido, o Spina se apresenta como uma das novas oportunidades para que os poetas possam desenvolver sua poética. Consoante Claudia Rankine (2014, p. 11), “a poesia é uma forma de linguagem que pode nos ajudar a entender melhor o mundo e a nós mesmos” sendo o Spina um tipo de poema criado para ser preenchido com poesia, pode ser visto como uma ferramenta à reflexão e à crítica social etc., permitindo que os poetas expressem suas ideias e emoções de maneira singular.

A inspiração e a criação poética são processos complexos que envolvem a intuição e a razão, como destacou o filósofo Henri Bergson (2005, p. 331), “a criação é uma emoção que se desenvolve em pensamento, e o pensamento que se resolve em emoção. É como se a alma, nesse momento, fosse invadida por uma corrente de vida que a faz vibrar em todas as suas fibras, e que a leva a exprimir, em uma obra, a sua própria essência.” A forma poética Spina, com sua estrutura única e flexível, permite que os poetas explorem essa interação entre emoção e pensamento, criando obras que sejam ao mesmo tempo pessoais e universais. Os spinaístas, ao criar suas obras, utilizam essa interação entre emoção e pensamento em diferentes graus, uns mais intensamente, outros de forma mais sutil, mas todos buscando expressar sua própria essência e visão de mundo através da forma poética Spina.

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BERGSON, H. A Evolução Criadora. Traduzido por Adolfo Casais Monteiro. Lisboa: Guimarães, 2005.

CANDIDO, A. Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos. 11. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

LYOTARD, J-F. A Condição Pós-Moderna. Traduzido por Ricardo Corrêa Barbosa. Rio de Janeiro: José Olympio, 2009.

PERLOFF, M. O Momento Futurista. Traduzido por Sebastião Gonçalves. São Paulo: Unesp, 2006.

RANKINE, C. Cidadã: Uma América Americana. Traduzido por Rodrigo Magalhães. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

Por: Ronnaldo de Andrade - Poeta e Professor, tem quatro livros publicados 
e organizou quatro antologias de poemas SPINAS.


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