ESTUDANTE DE MEDICINA DESTACA OBSTÁCULOS E AVANÇOS NA ÁREA DE ONCOLOGIA

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O estudante de medicina Arthur Didier Marques deseja seguir a carreira de oncologista. Segundo ele, a inspiração veio da rotina dos pacientes presenciada no dia a dia, junto com seu pai, que também é médico oncologista. Quase no oitavo período de medicina, ele almeja ser um profissional dedicado e, por isso, realiza estágio no Centro de Oncologia de Caruaru (CEOC), que foi fundado por sua família. Sobre os avanços no combate ao câncer, que é uma doença que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, ele deixa sua opinião. Confira a entrevista abaixo:

BLOG MALUMA MARQUES - Porque você decidiu ser médico?

ARTHUR DIDIER MARQUES - Desde muito jovem convivia com o meu pai, que é oncologista, e sempre tive muito contato com as pessoas doentes, não só presenciei sofrimento, mas também alegria, e sempre fui curioso e interessado nessa área.

BMM - Quais são suas perspectivas até a sua formação?

ARTHUR - Até minha formação espero que a gente consiga melhorar um pouquinho a saúde no Brasil, tanto a sociedade quanto a parte médica. E que consiga ter um movimento político e social de exigir mais do governo, para ter uma qualidade melhor do SUS. E eu espero que continuem crescendo as oportunidades para os pacientes com novos tratamentos, novos hospitais, e para os médicos também, espero que haja um plano de carreira melhor e que o governo estabeleça melhor alguns critérios. 

BMM - Como estão os avanços na área de Oncologia?

ARTHUR - O que a gente trouxe foi uma melhora no tratamento do câncer de pâncreas, que é muito agressivo, mas que atualmente aumenta até dois anos a sobrevida do paciente com essa doença. Também tivemos melhora no protocolo de quimioterapia, mas, de maneira geral, estamos andando a passos pequenos.

BMM - Quais os desafios na área de Oncologia no Brasil atualmente?

ARTHUR - Os desafios da oncologia hoje em dia é que no mundo estamos vendo tratamentos caros e temos que ter o bom senso de saber se isso se pode aplicar no Brasil, antes de tudo fazer uma análise, por exemplo, essa cirurgia eu posso fazer, esse teste é impossível aplicar. O novo bebê da indústria farmacêutica é a imunoterapia, mas é um tratamento que custa milhões. No Brasil, é preciso adaptar o que está tendo de realidade no mundo. Sem contar com as limitações do SUS, que muitas vezes falta medicação e exame. 

BMM -  O que você tem a dizer sobre o câncer?

ARTHUR - O câncer, de maneira geral, é uma doença que para seu tratamento ser eficaz não adianta só um médico para cuidar do paciente.  Não adianta eu lhe passar uma quimioterapia e você ter um problema dentário, em decorrência do tratamento, e não ter um dentista pra resolver isso. Não adianta passar um tratamento e o paciente não ter um transporte gratuito para chegar aqui. Então falta um pouco de cuidado do SUS, nesse sentido, para organizar isso tudo. Num centro de quimioterapia precisa do básico, nutrólogo, psiquiatra, odontólogo, porque é um tratamento multidisciplinar. E o que deveria existir era isso, ter todos os profissionais em qualquer lugar que ofereça o tratamento para combater o câncer.

BMM - Apesar de não ter concluído ainda o curso de medicina, o fato de realizar estágio lhe proporciona algo importante? 

ARTHUR - Sem dúvida, ao perceber a realidade dos pacientes compreendo e percebo que todo mundo que trabalha com vida, com amor e dedicação, é muito difícil não ter empatia e não se emocionar com a realidade das pessoas e sempre trabalhar para que elas fiquem bem. 


ARTHUR DIDIER MARQUES


Arthur Didier Marques, natural de Recife, é filho de Sônia Maria Mota Didier e Eriberto de Queiroz Marques. Arthur tem três irmãos: Eriberto Junior, Felipe e Davi. Estudou na infância em Casa Forte e concluiu o ensino médio no Colégio Equipe de Recife. É estudante do curso de medicina da Faculdade Nova Esperança, em João Pessoa e, no momento, é estagiário do Centro de Oncologia de Caruaru (CEOC) conveniado com o SUS.
Arthur teve uma infância tranquila. Como pertence a uma família de médicos, desde jovem observando a realidade do dia a dia dos pacientes e o amor pela medicina que seu pai demonstra, resolveu também seguir a mesma carreira. Inclusive, Arthur deseja ser um médico dedicado, trabalhar com muito amor e buscar sempre o aperfeiçoamento profissional, a fim de atender da melhor maneira possível seus pacientes. E junto com seu pai, que é dono do CEOC de Caruaru e do Serviço de Quimioterapia de Pernambuco (SEQUIPE), em Recife, estar sempre à frente das novas descobertas da ciência para tratamento contra o câncer. 
Ainda na faculdade, Arthur é cheio de ideias e otimismo. Ele espera que até sua formação, a saúde no Brasil consiga avançar, tanto para sociedade quanto na parte médica. E que haja um movimento político e social de exigir mais do governo, para ter uma qualidade melhor do SUS. Ele também almeja que continuem crescendo as oportunidades para os pacientes com novos tratamentos, novos hospitais, e para os médicos também, espera que possa haver um plano de carreira melhor por parte do governo federal.  
Para Arthur, o importante na vida é ter objetivos e lutar por um mundo melhor.



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