MAX OTTO RIEGERT - Fotos: Reprodução / TV Brusque.

Neste mês, nos despedimos de um grande homem. Max Otto Riegert partiu para outro plano, deixando uma lacuna imensa no coração de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Seu legado, no entanto, permanece entre nós forte, inspirador e repleto de humanidade.

Max nasceu em 21 de outubro de 1937, na colônia Dona Luiza, hoje município de Atalanta, em Santa Catarina. Ainda jovem, teve uma vivência marcante na Alemanha, onde cursou quatro anos do ensino fundamental em Beucha. De volta ao Brasil, continuou seus estudos em Agrolândia, consolidando ali suas raízes e seu amor pela educação.

Sempre comprometido com o saber, entre os anos de 1953 e 1959, frequentou o Instituto Pré-Técnico (IPT) e a Escola Normal Evangélica em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Foi ali que seu espírito educador ganhou forma e propósito.

Max dedicou-se com afinco à vida profissional e acadêmica. De 1960 a 1961, foi professor no Colégio Rui Barbosa, em Rio do Sul, e entre 1962 e 1965 trabalhou no Colégio Martinus, em Curitiba, além de atuar em empresas como auxiliar administrativo. Incansável em sua busca por crescimento e contribuição, formou-se Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica Comercial De Plácido e Silva e mais tarde, já em Rio do Sul, concluiu sua formação em Administração de Empresas.

Mas Max nunca se limitou aos próprios méritos. Ele fazia questão de compartilhá-los. Atuou como professor, consultor contábil e financeiro, e por quatro anos contribuiu com dedicação a uma tradicional cerâmica, onde também ocupou o cargo de Diretor Financeiro por dois anos.

Mesmo após se aposentar, Max seguiu sendo chamado a servir. Aceitou, com o mesmo comprometimento de sempre, o convite dos companheiros do Lions Clube Brusque Centro para dirigir o Lar de Idosos da instituição. E foi lá que, com o coração generoso e a sabedoria de uma vida inteira, tocou inúmeras vidas  tanto dos residentes quanto dos colegas voluntários.

Por sua dedicação incansável, Max Otto Riegert foi reconhecido como Cidadão Honorário de Brusque. Em uma Sessão Festiva da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, também foi homenageado entre os grandes nomes que marcaram o centenário do Lions Clube Internacional.

Como amigo, pude testemunhar sua retidão, humildade e compaixão em cada gesto. Max era daqueles homens raros que fazem do silêncio um conselho e da ação, uma lição. Sua ausência já é sentida, mas sua presença continuará sendo lembrada não apenas pelas realizações, mas pelo ser humano íntegro, dedicado e amoroso que sempre foi.

A saudade que fica é imensa, mas a gratidão por tê-lo tido entre nós é ainda maior.

Descanse em paz, querido amigo Max. Seu legado permanece vivo em cada vida que tocou.

BRUSQUE DE A à Z

Altaneira a antiga aldeia acorda ao amanhecer.

Belas bougainvilleas brotam à beira dos boulevards.

Construções coloniais coabitam com as casas.

Demonstrando a devoção ao desenvolvimento.

Erguendo escolas, edifícios, entretimento.

Formaram um futuro sem fome.

Garantindo o ganho e a generosidade.

Histórias de heróis, herdeiros da honestidade 

Identificamos ídolos inesquecíveis, suas igrejas.

Jantavam juntos nos jardins.

Livres, leves, lutavam pela liberdade.

Mansões maravilhosas, moradias das memórias, 

Narradas em novelas e noturnos.

Ouvindo os orgulhosos como orações.

Ponderar as perguntas dos professores.

Questionando a qualidade que queremos.

Relembrar a realidade raramente relatada.

Somar sabedoria ao soneto solitário.

Ter tolerância, não transformar teorias em tormento.

Unir o útil, ungir a unanimidade.

Vigiar a vaidade, vetar a violência.

Zelar e não. Zombar

MO RIEGERT.

FLORES DA MINHA CIDADE

Presentes da natureza

Te saúdam com aquele sorrir

Todas com rara beleza

Para feliz te sentir.

Sejam grandes ou pequenas,

Perfumadas ou não

Pintam as veredas.

Preenchem o vazio do coração.

Em minha cidade, imagina

Pessoas as vão fazer crescer

Entre estátuas e monumentos.

Para todo mundo ver.

São de plástico e resíduos Do lixo que irão recolher.

Deixando a cidade mais limpa, E o visitante acolher.

Esta lição de cidadania.

Nós deveríamos acatar

Em vez de criticar com ironia

Só bem dos homens falar.

MO RIEGERT.