“Meu objetivo como deputado federal é representar Pernambuco, trazendo investimentos federais para o estado em conjunto com o governador e prefeitos.”

Ricardo Teobaldo é Deputado Federal pelo PTB-PE eleito com 92.262 votos. Titular das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Foi duas vezes Deputado Estadual e outras duas como Prefeito de Limoeiro, no agreste pernambucano.

               

 Nascido em Limoeiro, em 18 de outubro de 1965, é filho caçula de José Humberto de Moura Cavalcanti, mais conhecido como Moura Guerra, e Ida Teobaldo de Azevedo Cavalcanti, os quais tiveram ao todo dez filhos. Em 1998, casou-se com Juliana Pimentel, com quem tem duas filhas, Luana e Giovana.

              

 Apesar da tradição da família no meio agrícola, principalmente, da cana-de-açúcar e da banana, Ricardo sempre demonstrou ser um empreendedor. Assim, com apenas 18 anos iniciou seu primeiro negócio, em Limoeiro. A política sempre esteve presente na sua vida. Seu pai foi subprefeito de Bom Jardim e seus tios Lívio Teobaldo, João Teobaldo e João de Moura Cavalcanti, foram prefeitos de Limoeiro, Buenos Aires e Bom Jardim, respectivamente. Desde a juventude participava das discussões políticas nas reuniões familiares.

              

A vida pública de Ricardo Teobaldo começou bem cedo. Em 1990 exerceu a função de assessor parlamentar no gabinete do Deputado Estadual José Humberto. Em 1995 ocupou o cargo de oficial de gabinete de Joaquim Francisco, na Prefeitura do Recife, onde desenvolveu um trabalho de intermediação entre as comunidades e a prefeitura.

               

Ingressou na vida pública por estímulo dos seus irmãos José Artur, duas vezes Prefeito de Limoeiro, e José Humberto, Deputado Estadual. Graças á sua personalidade forte, sua capacidade de articulação e arrojo em defesa das causas populares, Ricardo logo conquistou seu próprio espaço no cenário regional.

LIMOEIRO – Após disputar duas eleições para Prefeito de Limoeiro, Ricardo Teobaldo foi eleito em 2008 com 19.953. Ricardo fez um mandato que transformou a Cidade. Limoeiro recebeu investimentos e melhorou sua infraestrutura e reforçou a saúde e educação. Foi um mandato transformador para Limoeiro. A cidade também recebeu novas indústrias e passou a ser protagonista no desenvolvimento da região. Com um mandato altamente aprovado Ricardo Teobaldo foi reconduzido ao cargo com 19.169 votos, cerca de seis mil votos de diferença para o segundo colocado. No ano de 2014 Ricardo Teobaldo renunciou ao cargo para a disputa do mandato de Deputado Federal. No seu lugar assumiu o vice Thiago Cavalcanti.

DEPUTADO ESTADUAL – Em 2002 Ricardo Teobaldo disputou sua segunda eleição e foi eleito Deputado Estadual com uma votação histórica em Limoeiro, onde obteve 12.744 votos, totalizando 40.124 em todo estado, sendo o Deputado Estadual mais votado do PMDB naquele ano. Em seu primeiro mandato atuou ativamente na Assembleia Legislativa de Pernambuco – Alepe, sendo vice-lider do Governo Jarbas Vasconcelos. Entre outros, foi titular da Comissão Especial de Implantação do Fome Zero, Vice-Presidente da Comissão de Negócios Municipais e presidente da Comissão de Defesa ao Meio Ambiente, que lhe garantiu o Prêmio Nacional Biosfera 2006, graças aos bons serviços prestados. Em 2006 Ricardo foi reconduzido a Alepe com 44.109 votos. Neste segundo mandato teve atuação pautada na defesa das questões regionais, principalmente, quanto à geração de empregos e à melhoria da infraestrutura, lutando em prol das causas sociais e dos movimentos populares.  Confira abaixo a entrevista que o Jornal Terra da Gente fez com o deputado:

Jornal Terra da Gente - Com a crise que o Brasil está enfrentando você acredita que o modelo de gestão criado por Dilma, é um modelo deficiente?

Ricardo Teobaldo - Eu não quero defender nem acusar ninguém, a corrupção não é do governo Lula e nem da Dilma, é uma coisa que na realidade está impregnada na política brasileira há 100 anos. A corrupção da Petrobrás, por exemplo, vem desde 1979.  Pode até ter aumentado no governo do PSDB e posteriormente no PT, mas a questão é que essa corrupção está enraizada na estrutura do poder público nacional há muito tempo.  Mesmo assim nós estamos tendo um grande avanço porque hoje órgãos de apuração desses escândalos estão apurando e  funcionando, tanto o ministério público como a polícia federal estão fazendo o seu trabalho como deve ser feito. Por exemplo, nunca se viu antes um senador ser preso e hoje senador, deputado, empresário, todos que tiverem culpa, vão presos independente do cargo que exercem. Um dos maiores empresários do Brasil está preso há seis meses. Hoje estamos vendo tantos escândalos de corrupção vindos à tona, porque as coisas estão sendo apuradas e as instituições estão funcionando.

JTG - Qual a sua posição em relação ao impeachment de Dilma?

RT - Eu apoio a presidente Dilma, votarei a favor da presidente para que ela continue no cargo, porque eu acho que tirar a presidente não será positivo para o país. E também não acredito que exista fato concreto, jurídico, que embase a saída da presidente Dilma através do impeachment. E nós não podemos tirar um governante só porque ele está mal, se não, iríamos tirar um monte de prefeitos que estão fazendo uma má gestão, faríamos impeachment deles e colocaríamos outros no lugar.

Mas é preciso lembrar que o interesse maior é o do país, é preciso pensar mais no Brasil e menos em Dilma, menos em partido e mais em resolver essa crise que está aí.

JTG - Você poderia fazer um balanço do trabalho que você desenvolveu como Prefeito de Limoeiro e agora como Deputado Federal?

RT - Eu deixei Limoeiro com 18 praças construídas e obras que somadas às gestões dos 20 anos anteriores não conseguiram fazer. Por exemplo, eu fiz mais calçamentos como prefeito do que os quatro prefeitos que assumiram os 20 anos anteriores a mim, fiz mais do que todos por metro quadrado. Fizemos e reformamos escolas, postos de saúde, equipamos, reforçamos, aumentamos o número de transportes, fizemos várias passagens molhadas na zona rural, fizemos várias academias da saúde, sistema de abastecimento de água, entre outras coisas. E graças a Deus saí aprovado pelo povo e por Pernambuco. Para a população fui um dos melhores prefeitos da safra anterior de Limoeiro, e o atual prefeito Thiago Cavalcanti, está dando continuidade a esse trabalho. Cabe a mim agora, continuar aqui em Brasília fazendo os investimentos para trazer mais recursos para Limoeiro, coisa que já eu estou fazendo.

E eu tive a grata satisfação e uma felicidade muito grande de chegar em Brasília no 1º mandato de deputado federal e no 1º ano ocupar uma função de destaque que me deu uma oportunidade de me relacionar com o governo, os ministérios e os poderes legislativos. Sou uma pessoa muito aberta, coloco as coisas que penso, falo o que penso e o que eu vejo. Então quando cheguei em Brasília e vi a possibilidade de ser relator de orçamento, eu trabalhei para ser relator. Então busquei alcançar essa meta que eu sabia que era difícil, mas busquei aprender o que era necessário para poder ser relator. E consegui. Hoje eu faço parte da Comissão de Orçamento, Agricultura, Turismo, Repatriamento e sou relator da LDO de Orçamento.

JTG – Como foi assumir a posição de relator de orçamento?

RT - Passei três meses me articulando com Armando Monteiro para ser relator, pois é muita responsabilidade. E teve muita disputa para assumir a posição de relator de orçamento, mas mesmo assim eu consegui.

Só que antes de entrar, fiquei muito apreensivo, pensei em não assumir e deixar para tentar em outro momento quando adquirisse mais experiência, mas tanto minha esposa como Armando Monteiro me incentivou dizendo que eu iria dar conta. Então, decidi assumir e fui observando primeiro..., os técnicos são de alto nível e com 15 dias, me ligou o ministro da fazenda e o ministro da economia. Toda semana eu estava com eles e a partir daí fui me familiarizando, lendo, estudando, perguntando e quando me dei conta já estava familiarizado.

Eu sou uma pessoa muito tranquila, ouço, converso, sei pedir desculpas e tenho humildade para retirar. Foram muitos aprendizados para mim nesse primeiro ano.

JTG - Existe algum planejamento para mudar a questão do desemprego na cidade de Limoeiro com o prefeito Thiago, nesse momento de crise?

RT - Nós não podemos separar essa questão da crise, se há crise, tem que depender dela, e as empresas se retraem na crise. E nesse momento, a geração de empregos está acontecendo o inverso, Pernambuco desempregou mais de 200 mil pessoas. Estão estamos num momento de desaceleração da economia, a crise gera inflação, desemprego e queda na renda. Não tem como dissociar os investimentos da crise, 2015 foi um ano ruim para todos. Até os investimentos federais destinados para Limoeiro estão parados. Limoeiro está cheio de obras licitadas e aprovadas como calçamentos, construção de postos de saúde e asfalto. Mesmo assim algumas coisas estão andando porque nós conseguimos destravar lá em Brasília. Thiago está trabalhando e há pouco tempo foi liberado máquinas, caminhões, algumas obras foram inauguradas e outras serão inauguradas entre janeiro e fevereiro com recursos federais. Mas se não houvesse essa crise estaríamos avançando muito mais com essas obras. E acredito que em 2016 nós vamos liberar mais do que em 2015, é uma previsão, que pode não se confirmar, mas eu acredito que se confirmará pelos entendimentos que tive nos ministérios em Brasília. Hoje, com a crise, os municípios estão quebrados, mas Limoeiro está em dia, com dificuldade sim, mas Thiago está trabalhando para continuar pagando tudo em dia para poder receber os investimentos.

JTG - Quais os projetos em pauta para atrair investimentos no interior do estado?

RT - A maior obra e empenho que eu posso fazer, é colocar no orçamento R$300 milhões de reais para a duplicação de Carpina - Surubim – Surubim – Toritama. Se conseguirmos seguir em frente com esse projeto que o governador Paulo Câmara disse que iria fazer, essa será uma obra que facilitará e muito às empresas, na hora que houver um crescimento.

Porque os empresários chegam em Limoeiro, conhecem a cidade, porém na hora de decidir, eles decidem por Vitória, pelo Cabo... Por quê? Porque não temos estrada com duplicação e nem gás. E nós precisamos trabalhar para trazer essa infraestrutura para a região, para depois poder trazer as indústrias.

As cidades se desenvolvem muito mais com a duplicação de uma BR, pois facilitará muito a vinda à Surubim, Limoeiro e todas as outras cidades que se beneficiarão com o trajeto da duplicação.

JTG – Ricardo, por que você acha que tem tanta gente querendo ser político hoje em dia?

RT – Se as pessoas imaginassem o cotidiano de um político, talvez não alimentassem tanto o desejo de ser um político. A gente passa dias sem ver a família, fica muito ausente e a política é um instrumento que só deve ser usado a favor das pessoas. Para mim é muito gratificante quando as pessoas chegam e dizem “Ricardo mudou limoeiro”.  Guardo com carinho na memória quando Eduardo Campos foi à Limoeiro para uma solenidade de inauguração e disse “Ricardo fez como eu fiz em Pernambuco”. Então, a politica é muito gratificante quando você trabalha pelo bem da população, é um instrumento que você tem para melhorar a vida das pessoas, não é para roubar como algumas pessoas fazem, não é pra fazer o que Eduardo Cunha fez. É um instrumento que você tem e que se realiza fazendo as coisas, agora se a pessoa quer ser prefeito para roubar e sair com dinheiro, é um grande problema, a polícia que apure e prenda, pois isso não é política.

JTG – Como ficariam os investimentos para Limoeiro, se o candidato que você apoiar nas eleições deste ano perder? Os investimentos continuarão na rota?

RT - Tem muitos investimentos que hoje estão travados em Brasília. Limoeiro tem muita coisa que era para ter sido realizado esse ano e não foi realizado porque o governo federal não liberou o dinheiro para as obras por conta da crise nacional. Eu fui o politico mais votado em todas as eleições de limoeiro e tenho certeza que será o nosso candidato que ganhará a eleição. Estou aqui em Brasília para dar sustentação ao trabalho de Thiago em Limoeiro, para que ele possa fazer muito mais pela cidade e eu sei que ele vai fazer muito mais do que já fez.

JTG – E como você visualiza a oposição em Limoeiro?

RT - Nesses anos de experiência com política eu aprendi muito, tanto com as derrotas como com as vitórias. E graças a Deus disputei sete eleições e ganhei cinco, e nesse tempo aprendi a olhar as coisas com muita frieza, muita naturalidade e principalmente com muito pé no chão. E eu diria que a oposição de Limoeiro tem seu peso sim. E temos que trabalhar para fazer as coisas acontecerem, pois só assim podemos ganhar. Porque a melhor campanha eleitoral que Thiago pode fazer é o que ele já está fazendo que é trabalhar, ir nas comunidades, fazer reuniões, projetos e  obras, porque é o trabalho dele que vai fazer ele ser eleito. Não é a politicagem. Porque o povo vai identificar: “Thiago está trabalhando bem, Ricardo é deputado federal em Brasília e está trazendo recursos para a cidade. Zé Humberto é deputado estadual e está ajudando também. Será que vale a pena deixar tudo isso, uma segurança por uma aventura que ninguém sabe onde vai dar?”. Eu não quero menosprezar ninguém, mas será que as pessoas apostariam numa oposição que não tem peso politico, que não tem articulação?

JTG- E como está a sua articulação com o Governo do Estado de Pernambuco?

RT - Eu tenho muito contato com o governador Paulo Câmara, pois eu estou em Brasília para ajudar o estado de Pernambuco, e eu disse para o governador “me use”, pois estou aqui para ajudar. Porque eu tenho um compromisso com nosso estado, e tem R$160 milhões de reais que é possível que chegue à Pernambuco a partir de um trabalho que fiz em Brasília e o governador já esta sabendo disso. Mas o que vai definir as eleições é a vida do povo de Limoeiro, e não a vinda do governador à cidade. Eu tenho autoridade para subir no palanque e dizer que eu vou continuar fazendo muito mais do que fiz como prefeito e o povo vai ver isso acontecendo.

JTG – Já tem nomes para o possível vice de Thiago Cavalcanti?

RT - Nós vamos discutir a eleição na hora certa, há muita curiosidade para saber quem será o vice. Nós ainda vamos ter uma discussão dentro do nosso grupo politico, evidentemente com o prefeito e o deputado Zé Humberto e eu terei uma participação importante nisso.

JTG – E como está sua relação com Túlio aqui em Surubim?

RT - Túlio me procurou e pediu o meu apoio para Surubim porque ele está vendo o que está acontecendo com Limoeiro e eu disse que iria ajudá-lo para apoiar Surubim. Estou sendo procurado por muitas lideranças dos municípios do interior de Pernambuco como Carpina, Vicência, Paudalho, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carmo, entre outros. Estamos trabalhando muito pelo Agreste e por todo o estado em Brasília.