Fenearte investe na consolidação do artesanato pernambucano há 17 anos

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Últimas edições geraram mais de R$ 250 milhões em negócios.

Estandes de artesãos pernambucanos somam 75% da feira.

Focando em temáticas regionais do Nordeste, Fenearte reúne artesãos de todos os estados do Brasil (Foto: Cynthia Myarka/Divulgação)
Fãs do artesanato do Nordeste reservam, todos os anos, o mês de julho para percorrer os corredores da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), sediada no Centro de Convenções, em Olinda. Nas últimas edições, mais de 2,2 milhões de pessoas passaram pelos estandes conhecendo a arte de diversos países e estados brasileiros e gerando mais de R$ 250 milhões em negócios. Na 17ª edição, a feira tem como temática “Artesanato. Arte brincante” e pretende despertar a curiosidade de 300 mil pessoas, expectativa de visitantes da organização.

São mais de cinco mil expositores divididos em 800 espaços na área de 30 mil metros quadrados. O esperado é que a movimentação financeira supere R$ 40 milhões, diante de um investimento de R$ 5 milhões. Em 2015, foram R$ 500 mil a mais de investimento. “A expectativa desse ano está boa mesmo diante do cenário de crise que estamos. Os artesãos se prepararam para isso e estão colocando peças com menos custo para o consumidor”, aponta o coordenador geral da feira, Thiago Ângelus.

Evolução da feira

Fenearte 2016 reduziu investimentos, mas manteve estrutura (Foto: Cynthia Myarka/Divulgação)
De acordo com a assessoria do evento, os números mais recentes mostram que, em 2007, a feira ocupava uma área de 20 mil metros quadrados contra os 30 mil metros quadrados atuais. Naquele ano, os artesãos vinham de 16 países e 25 estados, ocupando 600 espaços, ao passo que neste ano ocupam 800 e vêm de 60 países, com todos os estados brasileiros marcando presença.

O público saltou de 200 mil, em 2007, para 330 mil visitantes em 2015. Já o investimento, que era de 1,8 milhões naquele ano, evolui para cinco milhões em 2016. No total, entre 2007 e 2014, a feira já gerou mais de R$ 250 milhões em negócios.

Artesãos de Pernambuco

Mestre Heleno posa com obra na Alameda dos Mestres (Foto: Daniela Nader/Divulgação)
Coordenando a Fenearte pela segunda vez, Thiago Ângelus tem contato com o evento há pelo menos 10 anos. Segundo ele, 75% dos estandes são ocupados por artesãos de Pernambuco e muitos deles passam boa parte do ano se preparando ou colhendo os frutos das encomendas feitas na feira anterior. “Obviamente que temos artesãos renomados participando do evento, mas também temos gente que está começando agora, apresentando seu trabalho na feira”, afirma o coordenador geral.

Além do grande número de turistas e compradores de fora, Thiago destaca que o pernambucano sempre foi o principal consumidor. “A feira traz coisas da cultura regional que muitas vezes desconhecemos. É muito bom para o artesão, pois temos o número de 5 mil profissionais vendendo na Fenearte, entre os setores dos sindicatos, das prefeituras, dos municípios”, aponta.

Temas da Fenearte

Universo dos mamulengos já foi tema da feira (Foto: Mariana Guerra/Divulgação)
Para cativar o público com as tendências do artesanato e deixa-lo imerso na cultura popular, a Fenearte investe nas temáticas anuais que permeiam a decoração do evento. Sempre alinhada com a linha dos artigos vendidos, a feira já trouxe temas como o universo de Luiz Gonzaga no ano do centenário de morte do sanfoneiro (2012); as mulheres rendeiras, com mais de 200 quilos de tramas do tecido no ambiente (2013); os bonecos de mamulengo e peças de barro de artesãos de Caruaru inspiradas no tema da Copa do Mundo (2014); e os trabalhos do artesão Manoel Borges da Silva, o Mestre Nuca de Tracunhaém, e do poeta popular Lourival Batista, o Louro do Pajeú, no ano do centenário de morte do artista (2015).
Por: G1.


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