Hospital Universitário Oswaldo Cruz vira referência no tratamento de malária em Pernambuco

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Casos serão encaminhados para a unidade, localizada na área central do Recife, para diagnóstico e tratamento. Segundo governo, não há transmissão da doença no estado.


Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no centro do Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
O Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no bairro de Santo Amaro, região central do Recife, foi estabelecido como referência no tratamento dos casos de malária, em Pernambuco. A determinação foi publicada no Diário Oficial de segunda-feira (13), com o novo protocolo de atendimento dos casos suspeitos e da assistência aos pacientes que chegarem ao estado. A doença preocupa autoridades na região Norte do país.

Coordenador do setor de infectologia do HUOC, o médico Demetrius Montenegro explica que, anteriormente, era preciso recorrer ao Labend, unidade laboratorial vinculada ao Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) para o diagnóstico da malária. Simplificando o atendimento, agora, o próprio laboratório do Oswaldo Cruz faz o exame, além de poder administrar a medicação, caso o resultado seja positivo.

A malária é transmitida por um mosquito vetor e, em Pernambuco, todos os casos suspeitos e diagnosticados de malária são "importados", não sendo registrada transmissão no estado. Ou seja, quem teve malária em Pernambuco contraiu o vírus ao viajar para áreas endêmicas, onde há circulação do vetor (Anopheles) e da doença. As ocorrências mais comuns são de passageiros e tripulantes que chegam em navios da marinha mercante, que passam por países em que há epidemia da doença.

"Essa foi uma adequação do estado a uma orientação nacional. O Ministério da Saúde precisava de um hospital, que ficasse responsável pelo tratamento dos casos de malária no estado, no caso, o HUOC. No caso dos navios, há um convênio com o Hospital Jayme da Fonte, então, isso não muda", explicou Demetrius.

O quadro típico de sintomas da malária é caracterizado por febre alta, acompanhada de calafrios, tremores, sudorese (suor) intensa, dor de cabeça, cansaço e dor muscular, que geralmente ocorrem em padrões cíclicos, dependendo do tipo de malária. O intervalo entre a infecção e o surgimento dos primeiros sintomas varia de 8 a 17 dias, podendo chegar a vários meses, em condições especiais.
Navio

Em outubro de 2016, um marinheiro que integrava a tripulação de um navio-escola espanhol morreu no Hospital Santa Terezinha, unidade de saúde particular localizada na Zona Oeste do Recife. O rapaz, de 29 anos, estava com malária e não respondeu ao tratamento. A infecção por malária foi confirmada após mais exames realizados pelo Labend e, apesar de receber a medicação e assistência específica, o paciente veio a óbito.
Por: G1.


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