MARGARIDA DRUMOND DE ASSIS: PAIXÃO PELA LITERATURA

0 Comments

 


A literatura brasileira, nos últimos anos, acolhia com frequência novos livros, os autores, animados, sempre aproveitando as facilidades da tecnologia, divulgando em e-book, lançando na modali dade física ou por meio de algum concurso literário. Chegada a pandemia pelo novo coronavírus, as empresas e instituições se recolhendo, as publicações diminuíram; porém, alguns poucos têm aproveitado esse isolamento e produzido à mão cheia. É o caso da escritora, fotógrafa e jornalista Margarida Drumond de Assis, mineira de Timóteo e radicada há décadas em Brasília, 43 anos de literatura, autora de 21 livros editados, que, nos últimos dois meses lançou on-line três livros e já outro está agendado para chegar aos leitores até o dia 15 de dezembro próximo. Esta atuante e produtiva autora é hoje a protagonista de nosso jornal.

Margarida Drumond de Assis é a oitava de quatorze irmãos, filha de tradicional família de Timóteo, aonde chegaram no início dos anos 1900, Sr. Manuel de Assis Bowen e Sra. Margarida Drumond Bowen. De tradição católica e de família ligada à cultura, bem cedo a nossa escritora, que recebeu o mesmo nome da sua genitora, começou a se ver estimulada para a leitura; tal se deu, por meio da Coleção Tesouro da Juventude - 18 volumes, dos quais a mãe lia para a pequena filha versos célebres de grandes poetas e resumos de histórias consagradas na literatura. Não demorou, Margarida tudo fazia para sempre estar com um daqueles volumes e lia, além de poesias e romances, no mesmo livro, histórias de feitos heróicos, o livro dos porquês, conhecimentos da geografia e história nacional e universal... Chega a adolescência, a jovem somou leituras próprias da idade, como as revistas de Sétimo Céu e Contigo; e, já na então 5ª série ginasial, aconteceu um fato que a impulsionou ao conhecimento para outras obras que viriam despertá-la ainda mais em seu gosto pela literatura.

Em idade escolar apropriada, Margarida Drumond começou a cursar o ginasial no Colégio das Carmelitas em Cel. Fabriciano; ocasião em que uma professora de Língua Portuguesa solicitou a leitura de um romance: deveria ser em corpo e fonte normais, um livro sem gravura. Receosa de não gostar do que escolhesse, solicitou a uma das freiras do colégio que lhe indicasse um bom livro. Leu A filha do diretor do circo, a partir do que percebeu quanto o leitor pode imaginar enquanto lê, podendo até viajar no ato da leitura. Na sequência, lia sempre obras solicitadas nos estudos, dentre eles A moreninha; O alienista; O tronco do ipê, Til, Senhora - obras de Joaquim Manuel de Macedo, Machado de Assis, José de Alencar, respectivamente, além de poesias de Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade e outros. Quando a mãe da jovem se deu conta, a filha já devorava não apenas os muitos outros livros dentro de cada um daqueles da citada coleção; agora, via-a lendo ora um José de Alencar ora José Mauro de Vasconcelos e outros, mas também os que ela comprava em bancas de revista, Sabrina, Bianca e histórias de faroeste. Aproximando-se o 2º Grau, irmãos a presenteavam com livros de autores estrangeiros, em especial Lúcia, sua irmã. Assim, somaram-se obras de Hermann Hesse, Ernest Hemingway, John Steinbeck e muito mais.

Fato é que, em 1970, em seu primeiro emprego, exatamente em uma emissora rádio, a comunicação fortemente trabalhada, a funcionária nos seus dezoito anos se pegou escrevendo uma crônica sobre o Dia da Árvore, o meio ambiente, passando-a ao amigo locutor que, animado,  pediu autorização para levar o texto ao ar. Uma e outra crônica chegando, os ouvintes cobrando, caso não houvesse o texto do dia, Margarida Drumond percebeu sua vocação para escrever. Logo, aqueles textos eam também publicados em jornais da região; em especial quando, em 1972, passou a trabalhar na Editora Vale do Aço – jornais O Vale do Aço e O Popular. Fazia redação, reportagem, revisava e escrevia crônicas. Anos se seguiram e o Diário do Aço, O Classivale e a Folha do Comércio também eram palco dos textos de Margarida, além das divulgações por rádio.

Em 1977, com o forte desejo de escrever uma história que vivia em sua mente, parou suas atividades por cinco meses e, já casada, escreveu o romance que intitulou Um conflito no amor. A vida, no entanto, nem sempre é como a gente quer. Empecilhos de ordem pessoal impossibilitaram a busca pela publicação da primeira obra; somente oito anos depois, já divorciada e mãe de três filhos, conseguiu lançar o tão esperado romance. Era 21 de dezembro de 1985 quando o leitor pôde conhecer o primeiro livro de Margarida Drumond. Sucesso de público e de vendas. Pouco depois, ela se viu escrevendo poesias e lançou Busca de você, o seu primeiro livro nesse gênero, quatro anos depois. Em janeiro de 1994, ela concretizou um sonho há muito perseguido: morar em Brasília com os filhos. Em 1986, buscara esse intento, mas foi por apenas um ano e meio, mas com a nova tentativa, deu certo, e Margarida já trazia na bagagem, datilogrado, o livro que escrevera em 1993, ao longo de nove meses, mas para o qual muito lutara durante onze anos, o romance Aconteceu no cárcere. Era ficção, mas ela fez questão de adentrar prisões, onde o preso vive a superlotação, a promiscuidade e a degradação social, mas também aquela em que o preso trabalha e tem possibilidades de aprender atividades novas, de ler, de fazer teatro. Demorou cinco anos até conseguir autorização para entrar na penitenciária desse tipo, a de Ribeirao das Neves, proximidades de Belo Horizonte. Fato é que em 12 de dezembro de 1994, o Distrito Federal viu a determinada escritora lançar o seu terceiro livro, lotando o auditório do SESC, em Taguatinga, com apresentação,  além do novo livro da autora, um teatro com duas atrizes de Brasília, “A mãe porra louca” e música com o cantor Joselito Bowen, seu sobrinho, hoje cantando nas noites em distantes terras além-mar, nos Estados Unidos.

Não havia qualquer dúvida de que Margarida Drumond de Assis tinha certeza de que sua paixão era escrever. E assim prosseguiu sua caminhada, sempre produzindo obras; ao romance e poesia, somaram-se livros de crônicas, ensaio, biografia e outros. Sempre estudiosa, já graduada em Letras e pós em Língua Portuguesa, cursou, em Brasília, Comunicação Social, especialização em Jornalismo e fez mestrado em Planejamento e gestão ambiental. Aposentada em 2012, cursou Direção teatral, no intuito de aperfeiçoar o que já fazia há muito: levar ao palco suas próprias obras, como se deu com vários de seus livros, dentre eles, Tempo de saudade e Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção. E alunos do Centro Educacional 7, de Taguatinga, encenaram sob sua direção,  No acerto dos bondes, também de sua autoria, e O auto da compadecida, de Ariano Suassuna. Em 2007, o público de Brasília assistiu, encantado, ao teatro da história adaptada do segundo romance, agora no livro intitulado Aconteceu no cárcere  - roteiro cinematográfico.

Tantos trabalhos, tanto empenho por mostrar uma literatura engajada e também buscando levar ao leitor o entretenimento, Margarida Drumond é membro de várias academias literárias no Brasil, sendo convidada por várias vezes a lançamentos e palestras em escolas e outros locais.  Vez e outra, levava seus livros a outras regiões, como se deu com o lançamento de No acerto dos bondes - romance e Não dá pra esquecer – crônicas, em 2002, em mais de dez cidades no país, ao mesmo tempo homenageando Carlos Drummond de Andrade, pelo Centenário de Nascimento, assim envolvendo grupos de artistas e estudantes das cidades aonde ia. Com o lançamento de Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção, em novembro de 2004, a decisão foi ainda maior: deixou tudo em Brasília, durante um ano, para levar a obra a 87 cidades, durante o ano de 2005. E seguiu-se o mesmo com outras obras, como Dom Luciano, especial dom de Deu e Dom Lara: vida de amor, testemunho de caridade. Margarida não para. 

Dos seus 21 livros publicados, o mais recente foi em outubro de 2019, Eu conto pra você, de crônicas, selecionado em projeto da Prefeitura de Goiânia, PUC de Goiás e Editora Kelps. Os três em e-book são: os Volumes I e II de Dom Luciano, pastor e irmão – crônicas, dias 27 de agosto e 5 de outubro, de uma Série de três livros, e Portal de emoções – poesias, no qual faz o registro de memória de pessoas e locais, estando o Volume III já com lançamento agendado para até o dia 15 de dezembro próximo.

Dentre seus livros, esta escritora que é a fundadora e Presidente Coordenadora da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – Coordenadoria Distrito Federal – AJEB/DF, destaca-se dentre os mais recentes e publicados, o romance Doce complicação, no qual, em uma história de ficção, trabalha a Saúde Mental. Nele, a terapeuta ocupacional Lidiane, se apaixona por um dos usuários de um dos hospitais em que ela trabalha, Victor, vítima de esquizofrenia. Para escrevê-lo, pesquisou em  hospitais psiquiátricos e outros pontos de apoio a portadores de Transtorno mental, no Distrito Federal e em Barbacena, Minas Gerais. 

Sempre em contato com os leitores, Margarida Drumond de Assis escreve crônicas publicando-as em portal na internet, Facebook, redes sociais e por outros meios. Seus livros podem ser adquiridos com ela mesma por e-mail ou na Livraria virtual do Grupo Associado de Escritores Brasileiros – GAEB (LIVRARIA GAEB).



COLEÇÃO MARGARIDA DRUMOND DE ASSIS

OBRAS EM VERSO

Poesias - Busca de você; Além dos versos; De novo o amor; Portal de emoções

OBRAS EM PROSA

Romances – Um conflito no amor; Aconteceu no cárcere; Tempo de saudade; No acerto dos bondes; Doce complicação

Crônicas – Não dá pra esquecer; Isso aquilo e mais um pouco; Flores em campo árido; Eu conto pra você; Dom Luciano, pastor e irmão - Vol. I; Dom Luciano, pastor e irmão – Crônicas, Vol. II

Biografias – Pegadas no tempo; Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção; Dom Luciano, especial dom de Deus; Dom Lara: vida de amor, testemunho de caridade; Irmã Mônica, caminho de Providência; Eu já nasci padre!

Roteiro – Aconteceu no cárcere - roteiro cinematográfico

Ensaios – Preito a José de Alencar; Da página ao palco: estudo e transposição de linguagem de O espelho, de Machado de Assis

PEDIDOS COM A AUTORA

Tel.: (61)98607-7680

E-mail: margaridadrumond@gmail.com

www.margaridadrumond.com; /

Facebook: www.facebook.com/margaridadrumond

PEDIDOS COM A LIVRARIA GAEB

Site: http://gaeb.loja2.com.br/category/1718335-Escritora-Margarida-Drumond-de-Assis



You may also like

Nenhum comentário: