SER PAI É MUITO IMPORTANTE

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Malude Maciel.


Sabe-se que há vários significados da palavra: pai. Ela é múltipla em sentido e, dependendo do conteúdo da frase pode discorrer sobre assuntos diversos. Pai é o genitor; o homem que gerou filho; o animal macho que gerou outro; o autor, fundador, criador, benfeitor, o padre e, sobretudo, o Pai, com letras maiúsculas que é o Pai Eterno, Deus. Outras interpretações podem ser dadas quando se emprega de outro modo, como: pai da aviação; pai de todos os vícios, pai das queixas, pai da mentira; pai de santo; pai dos burros, pai da idéia artística ou científica; pai da medicina, etc. Cada uma dessas expressões tem sentido completamente diferente, porém seja qual for a tradução desse precioso vocábulo, pai é sempre pai e, ser pai tem grande valor e  importância.

Na família, ao longo dos tempos, a paternidade vem sofrendo algumas modificações diante do modernismo, mas, a função e responsabilidade de um pai continuam no auge e respaldadas pelas Escrituras Sagradas, pois Deus quis o pai sua imagem e semelhança, cabendo a cada ser que assume esse patamar, espelhar-se na figura principal, no conceito essencial do que seja verdadeiramente um pai, pois ao homem foi dada a missão de governar seu lar no amor e auxílio da esposa. 

O Dia dos Pais é uma data que nasceu nos Estados Unidos e Harry C. Meek, presidente do Lions Clube foi quem primeiro demonstrou a necessidade de se prestar uma homenagem a seu pai, William Jackson Smart e tudo começou em 1910, mas somente em 1924 o então presidente daquele país, Calvin Collidge recomendou a comemoração da data a nível nacional. No Brasil esta celebração veio mais tarde, em 1954. Atualmente essa data é festejada universalmente, mas nem todos os países escolheram o 2º domingo de agosto, isso acontece apenas entre nós. Talvez o Dia dos Pais tenha sido inventado também com o propósito de gerar reflexão geral sobre este tema, pois é importante saber como está sendo vivenciado o papel dos pais no momento presente da humanidade, quando tantos valores são invertidos e tantas doutrinas são descartadas. Por incrível que pareça já se cogita que os pais poderão ser descartados quando as mulheres bem sucedidas recorrerão à ciência e através de bancos de sêmen, gerarão filhos sem necessidade de um parceiro de carne e osso. Terão direito até a escolher cor de pele, cabelos e olhos do doador sem que o nome do pai biológico precise constar na certidão de nascimento.  Essa postura materialista moderna, obcecada pela conquista tecnológica é uma aberração, ferindo e chocando tremendamente os princípios fundamentais da concepção da vida humana. Além do comércio, dos presentes, das festas, reuniões, parabéns, e lembranças, é importante refletir sobre os direitos e deveres do pai cidadão, coluna mestra da sociedade familiar ontem, hoje e sempre.

Estudos, pesquisas e experiências têm mostrado que todos os filhos precisam da presença amorosa do pai. Não somente aquele tradicional “pai herói” que oferece apenas casa e comida, (coisas materiais), mas a paternidade responsável que se compromete em apoiar, direcionar, orientar, mostrar os caminhos certos, dar exemplo e cuidar, pois cuidar é justamente tornar alguém especial para si. As culturas vêm endeusando muito a figura feminina, principalmente a da mãe que, em si tem fundamental importância, mas também estão sobrecarregando as mulheres com fardos pesados demais aos seus ombros sensíveis e ternos. Não que elas sejam frágeis ou incapazes, pois a história está repleta de casos em que as mães sustentam as famílias na falta dos varões, por um motivo ou outro: mortes, separações, etc. No entanto, cabe ao homem as tarefas de conquistas, sustento, defesa, autoridade, base moral e econômica de chefe de família, cabeça do casal, sem esquecer que sua presença é imprescindível para a formação integral e futuro promissor de seus filhos. O pai não pode transferir seus encargos para a mãe, muito menos deixar esse espaço vazio ou exagerar na austeridade sobre sua prole. Urge um equilíbrio em amor e responsabilidade de ambas as partes o que muitas vezes está em falta no mercado hodierno. 

Aquela figura de um pai prepotente e dono do mundo está fadada ao ostracismo e aqueles que não assumem seus deveres de paternidade ou maternidade também não estão bem na foto. Não se pode delegar sua cota de participação, dedicação, interesse, envolvimento, amor, para outra pessoa porque as lacunas não serão preenchidas e a haverá uma eterna carência. A chegada de um filho mexe com toda a estrutura do casal, tanto da mãe como do pai, senão de toda a família, sendo necessário haver a melhor preparação para esse momento que atenda as necessidades básicas de um bebê, pois isto é a realização de toda uma vida, ou melhor, a razão da existência.

A estrada é longa para um só. Ambos os pais são cúmplices com o desenvolvimento físico, mental, emocional, intelectual, espiritual e moral. O melhor é unir as forças, buscar reforço um no outro ou profissional, procurar acertar sempre, pois se: “o homem é um produto do meio”, nada mais justo do que cada cônjuge auxiliar o outro nas dificuldades cotidianas de seus rebentos porque mesmo quando crescidos e donos de seus narizes, buscarão sombra na árvore frondosa e forte da família bem estruturada na paz, amor e fé, como célula mater da sociedade que continuará sendo apesar das novidades passageiras.

Afeto e responsabilidade. Eis as palavras chaves para os papais nessa data bonita do Dia dos Pais. Pai é pai. Deus é Pai. E nada substitui nem deforma essa verdade. Afinal, ser pai é ser criador, é ser um pouco de Deus.

Por: Malude Maciel - Membro da ACACCIL – Cadeira 15 – Profa. Sinhazinha.


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