O QUE ENTENDEMOS POR PROGRESSO MORAL E INTELECTUAL?

0 Comments

 

Marcos EugĂȘnio Welter.

Por moral entendemos a parte da filosofia que trata dos costumes ou dos deveres do homem; o conjunto de nossas faculdades morais, o que hå de moralidade em qualquer coisa; relativo os bons costumes; relativo ao domínio espiritual (em oposição a físico ou material).

Por intelectual, entendemos o que diz respeito ao entendimento, Ă  inteligĂȘncia, aos estudos literĂĄrios ou cientĂ­ficos, ou seja, predominĂąncia dos elementos racionais sobre os elementos afetivos ou volitivos.

Aprendemos que cada uma das doze estrelas, sĂ­mbolos do zodĂ­aco intelectual, recorda uma das verdades que aprendemos.

Assim a primeira das estrelas significa que nĂŁo hĂĄ princĂ­pio de virtude, de honra ou de moral, que nĂŁo seja inerente Ă  consciĂȘncia, e que todo homem de juĂ­zo perfeito e mediana educação nĂŁo o possui no mesmo grau que o mais instruĂ­do.

A segunda, que nenhum desses princípios, nem mesmo todos juntos, bastam para governar a associação, porque o bem que se faz aos homens, pelo sentimento de moral, é passageiro, e só produz efeitos transitórios, enquanto que a necessidade humana é uma vasta oficina de trabalho e produção, na qual o interesse material é mais poderoso que o moral.

A terceira, que as religiĂ”es, filhas do grau de civilização que cada povo alcança, nĂŁo podem servir para regĂȘ-lo, pois todas se apoiam no absoluto, e se invadirem o terreno intelectual, o dominam, paralisam a razĂŁo e sepultam o universo no obscurantismo.

Pulamos para a sexta, que diz que a conduta moral e intelectual do homem se amolda à época e país em que vive, cujas noçÔes mudam a cada geração, e às vezes, em cada ano, se os såbios tiverem o caminho livre para proclamar suas ideias.

A décima primeira nos ensina que os bens do progresso cientifico se anulam com a corrupção dos costumes que corrompem os vínculos da família e implantam a desconfiança entre os associados, como os que a moralidade em um país se desvanece enquanto caminha para o seu embrutecimento.

Assim, enquanto o edifício social não descansar no progresso moral, unido ao intelectual, e enquanto o templo da razão não esmagar a intolerùncia, a superstição, e o fanatismo, não haverå paz na terra e nem a justiça regerå nossos destinos.

O progresso intelectual provĂ©m do aprimoramento que o ser humano adquire com a sequĂȘncia de seu aprendizado, desde o berço, o jardim de infĂąncia, os primeiros anos de escola, a faculdade, todas as leituras, cursos de aprimoramento, enfim todas as informaçÔes que chegam ao homem servem para aprimorar seu progresso intelectual.

As pessoas de boa vontade, Ă  proporção que obtĂȘm conhecimentos, que se aprimoram intelectualmente, tem a obrigação de progredir no progresso moral, de tornarem-se justas, corretas, honestas, exemplares.

Os privilegiados, considerando que a grande massa humana Ă© ignorante e sem acesso Ă  intelectualidade, tĂȘm a obrigação, perante o Grande Arquiteto do Universo, que lhes deu esta chance de se aprimorarem intelectualmente, de tambĂ©m progredirem na sua moral.

O objetivo maior do homem Ă© a felicidade, e enquanto nĂŁo se livrar do Ăłdio, da obsessĂŁo, do orgulho, da inveja e de outras toxinas mentais, serĂĄ tĂŁo inĂștil aspirar Ă  felicidade como desejar o fim das queimaduras sem tirar a mĂŁo do fogo.

Bibliografia

Ritual do Grau 19.

DicionĂĄrio Escolar da LĂ­ngua Portuguesa-MEC Revista Bons FluĂ­dos 

Marcos EugĂȘnio Welter - Trabalhou como Advogado e FuncionĂĄrio do Banco do Brasil, 

Membro do Conselho Superior Internacional da Academia de Letras 

do Brasil.




You may also like

Nenhum comentĂĄrio: