DUBAI – ABU DHABI – Emirados Árabes

0 Comments
Marcos Eugênio Welter.


Em 28/03/2018 viajei de Nova Delhi na Índia para Abu Dhabi nos Emirados Árabes onde paguei abusivos 80 dólares para ir do aeroporto para o hotel a uns 20 minutos de distância, onde cheguei ao meio dia, almoçei, descansei e à tarde só passeei um pouco.

Ainda cansado, caminhei por perto do hotel Ex-Mércure, muito bem localizado, hoje Hotel Novel. Na portaria do hotel acertei um CityTour por Dubai para o dia seguinte pelo qual paguei 630 Dirham = US$ 210,00.

Cantinho Cultural

Em 1971 o sheik Bin Zayed, que este ano completaria 100 anos, liderou a guerra e movimentou os sete países que conseguiram a libertação da Inglaterra. Fundaram a UAE = União dos Emirados Árabes. 82% do povo é estrangeiro, só 18% é população local, sendo o principal faturamento petróleo, depois turismo e depois serviços. 1 litro de gasolina custa 66 centavos de dólar, ou seja R$ 2,25 que é o mesmo preço dos Estados Unidos da América. O trânsito é de primeiro mundo, 5 a 7 pistas sendo a velocidade máxima 140 km por hora. Há, em alguns lugares, a mínima de 60 km por hora nas free-ways. A distância entre Abu Dhabi e Dubai é 150 km. Trucks não são permitidos nas auto-pistas. No norte tudo é plano, deserto. No sul há montanhas. O metrô é automático, não tem condutor. 15% dos veículos são Masseratti ou Ferrari. 

29/3 – Para nos mostrar Dubai, com o motorista e guia Sr. Kanhaiya fomos acompanhados de um casal de jovens noruegueses.  A primeira parada foi no Atlântis Hotel, cujas diárias mais baratas iniciam em US$ 5.000,00. Aqui tudo é aterro e em frente ficam as famosas palmeiras artificiais de areia, mas é tão grande que só é possível ter uma noção do alto. Chama-se Palm Jumeirah, sendo Jumeirah o nome de uma pedra. A segunda parada foi no Burj Al Arab, é aquele hotel em forma de vela de barco onde no topo adaptaram campo de tênis e o tenista catarinense o Guga Kurten jogou e ganhou. 

Aqui no verão 50 graus, deserto, asfalto, tem a poluição do deserto que junto com o fog formam uma neblina que no fim da tarde dificulta a visão ao longe. A terceira parada foi num shopping, muito chique, só para ir ao banheiro. A quarta parada foi no Burj Khalifa Dubai Mall, tem 1.200 lojas, aquário, show de águas dançantes, fica ao lado do Burj Khalifa (burj = torre). Tem hotel, escritórios, moradas até o 16º andar, num total de 828 metros de altura. É o mais alto do mundo. Almoçamos. Só na rua C de Dubai tem 300 prédios, mas uma das coisas que chamou a atenção é que 80 por cento das lojas são joalherias com peças muito extravagantes em ouro, com promoções tipo : “Compre aqui e concorra a dez quilos de ouro”. Passamos ao lado do hotel Armani, muito elegante. A quinta parada foi no Dubai Museum, mostra como era a vida dos antigos, seus pertences, trajes, costumes, joias, valeu como cultura. A sexta parada foi no Old Souk, atravessamos de barco. É um mercado de temperos diversos, principalmente assafrão, souvenirs e muitas lojas que vendem ouro, perfumes, sendo o ouro comprado na África, sem impostos, mais barato que na África. O calor é imenso, hoje tomei água, suco, café, chá, água de côco, sprite, red-bul, coca-cola e suco de ervas.

30/3 – O melhor horário para visitar museus é no começo da manhã, quando tem menos gente e estamos em melhores condições. Pagamos R$ 25,00 de taxi e R$ 60,00 cada de entrada para visitar o recém-inaugurado Louvre de Abu Dhabi. É uma imensa construção com a abóboda arredondada, mais parece uma cobertura de pedaços de borracha de pneu de caminhão, isto cobre uma centena de salas que abrigam peças de várias partes do mundo, desde estátuas, objetos, roupas, mapas, sarcófagos, escritos, quadros como de Leonardo da Vinci, moedas como a de César, sendo que a maioria das salas tinha poucas peças e no fim poucas salas com muitas peças, tudo escrito em árabe, inglês e francês. Paga-se mais R$ 20,00, deixa o passaporte original e recebe emprestado um tablet com fone de ouvido para as explicações. Digita-se o número da peça e aparecem explanações na tela. Também chamam atenção o quadro “o Boêmio”, de Claude Monet, França 1.861 e a estátua de Shiva, divindade da Índia do ano 1.000 a.C. bem como trajes da Ásia Central de 2.300 a.C. e ainda pintura do jovem “Emir estudando” de Osman Haway, da Turquia, de 1.878. 

Com o Sr. Abate, angolano, nosso motorista, ainda passamos junto ao Bahr Tower, são dois prédios que tem o revestimento externo parecido com favos de mel que se abrem para receber a energia do sol, sendo estes rotativos, sempre de frente para o sol. Este prédio é autônomo em energia solar e não tem energia elétrica. É o futuro. Seguimos para o Hyat Hotel que fica no edifício Al Safarat, prédio meio em forma de onda. Fomos ao estádio de futebol onde a seleção brasileira jogou e rumamos para o Sheikh Zayed Mosque, a maior mesquita. Tira sapato, são milhares de pares e depois ninguém troca. O luxo, a grandiosidade, tem o maior lustre de cristais Swarowsky do mundo. Totalmente mármore branco de cima até em baixo, inclusive písos de mármore com mosaicos de flores. Passamos na Igreja de São José e na Igreja também católica de Santa Tereza.

À noite fomos na Mãe das festas, junto à praia, ao lado da avenida Corniche, noite de luar, apresentações de skate, bicicleta radical, cantores, tambores, o povo estava todo lá. É feita revista na entrada, tomam o selfie-stick e devolvem no final, não dão recibo, é tudo na confiança. Não há bebida alcóolica, muitos trailers de sanduiches. Como começou a ventar saímos cedo mas ainda vimos, no céu o festival de drones iluminados em homenagem aos 100 anos de Zayed.    

31/3 - Domingo – ABU DHABI – Domingo de Páscoa

Havíamos pago, no dia anterior,  150 dirhams = R$ 150 para o motorista Sr. Abate que nos levou por 3 horas de passeio e combinamos para hoje às 10 horas , mas até agora 10;15h não apareceu. Tomamos outro taxi. Aqui todos taxis são Toyota Camry de empresas e o de ontem tinha 531.000 km rodados e o de hoje, ano 2014 tem 670.000 km e estão em bom estado.

Seguimos até o Emirate Pálace e na frente havia uma imensa Roda Gigante. Demos umas 10 voltas para ter a melhor visão do alto de Abu Dhabi, visitamos o Emirate Pálace, que já foi palácio e hoje é um suntuoso Hotel, luxuoso, vidros azuis. Seguimos para o Marina Mall, um luxuoso shopping onde tinha um supermercado Carrefour (francês), almoço era nossa intenção, mas como a parada seguinte será no Eritage Village que é a montagem de uma vila típica antiga e pensamos que teria comida típica mas não, só visitamos vários ambientes  com barcos antigos, trajes, armas, moedas, como era público, mal cuidado. Há uma mesquita onde só os homens faziam suas preces de joelhos e com a testa no chão. Entrei sem sapatos e fiz o mesmo e pedi permissão ao Nosso Deus para fazer ora oração para Deus. Após o término, conversei com um dos que haviam estado na mesquita e perguntei porque a mesquita dos homens é separada da mesquita das mulheres ao que ele me respondeu:

 - Pensa = estou ali, concentrado rezando, testa no chão e ao término levanto a cabeça e dou de cara com a bunda de uma mulher, e concluiu = - Desrezou.

Às 17 horas tomamos outro taxi até a Catedral de São José, onde pegamos o fim da missa em árabe. Vários fiéis ajoelhados, com a cabeça no chão, não sei se rezavam para Alá ou para Deus. Após assistimos a uma vibrante missa em espanhol, telão com as orações e as músicas. Domingo de Páscoa, na igreja ao lado outra missa em inglês e ao ar livre, entre as duas igrejas, missa também católica muito concorrida, em árabe. Retornamos ao hotel e jantamos frango. Cerveja nem pensar. 

2/4 – Compramos maxi-cola pois os tênis já estão descolando, temos caminhado bastante. Na Lu-Lu Exange trocamos os dirhams que sobraram por US$, fizemos as malas e fomos para o porto de Abu Dhabi. Se tivéssemos que escolher entre ficar em Dubai ou Abu Dhabi, ficaríamos com a segunda opção, duas cidades modernas, sem identidade, sem energia, poucas famílias, muito luxo.

 Por: Marcos Eugênio Welter - Trabalhou como Advogado e Funcionário do Banco do Brasil, 

Membro do Conselho Superior Internacional da Academia de

 Letras do Brasil..



You may also like

Nenhum comentário: