APLAUSOS, PRA QUE TE QUERO?

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Luiz Antonio Medeiros


Nesse mundo de hoje, não está nada fácil reconhecer com aplausos o que acontece a cada instante.

Proliferam nos meios de comunicação os programas que tratam da violência que assola a sociedade de uma forma geral.

Não existe mais tranquilidade nos espaços específicos usados pelas pessoas para os diversos tipos de atividades cotidianas.

A violência se alastrou de uma forma tal que, seja um estádio de futebol, uma rua tranquila, uma igreja, uma estação de passageiros, um parque, um restaurante e diversos outros locais, tudo pode acontecer para se transformar numa tragédia.

Quando alguém nada tem a ver com o que se passa por perto, eis que uma “bala perdida” atinge uma pessoa indefesa de forma cruel.

Não ouvimos mais, com a costumeira frequência, pessoas qualificando a sua rua, o seu bairro, o seu sítio, a sua granja, a sua praia como lugares tranquilos. Em qualquer lugar que estejamos, o medo toma conta das pessoas que estão sempre tentando se resguardar contra surpresas desagradáveis geradas pela violência.

Cadeiras na calçada, ocupadas por pessoas que gostavam de conversar coisas da vida, descontraidamente? Nem pensar!

Janelas e portas abertas, sem grades, para receber dentro de casa o soprar de ventos gostosos que balançam cortinas, assanham cabelos e que mexem com as chamas da boca do fogão? Todo cuidado é pouco!

Voltar para casa, depois de um dia dedicado ao trabalho responsável pelo “pão de cada dia” e pelo “leite das crianças”, de forma tranquila? Difícil. Muito difícil!

Pessoas e mais pessoas estão perdendo o hábito e a necessidade de se informar sobre o que acontece a cada dia, porque notícias sobre violência, corrupção e outras mazelas, tomam conta dos noticiários.

Os políticos, particularmente do Brasil, país no qual vivemos, estão cometendo absurdos a cada instante, pagos com o dinheiro do contribuinte para agir com responsabilidade, idoneidade, respeito, honestidade e outras coisas poucas a mais, dão exemplos negativos ao povo.

O que o contribuinte paga – e não é pouco, a um político com mandato eletivo, para “trabalhar”, acaba faltando para a saúde, para a segurança, para a educação e para o transporte de um povo brasileiro maltratado nos lugares nos quais busca o retorno na prestação de serviços do Estado que cobra impostos e faz o mal uso do dinheiro do contribuinte.

Quantos automóveis, aviões, passagens aéreas, combustível e outros gastos para sustentar os poderes executivo, legislativo e judiciário?

Quantas ambulâncias, leitos em hospitais, remédios e outras necessidades da população que é desafiada a cada instante por absurdos cometidos pela classe política?

Breve, muito breve, as eleições estarão ocorrendo no Brasil. Então, virão os programas eleitorais “gratuitos”, pelo rádio e pela TV. Debates, comícios, falas e muitas falas soltas ao vento pelos políticos, candidatos a isso e aquilo.

Aplausos, pra que te quero? Mãos caladas, olhos abertos e ouvidos apurados. Vamos às urnas, eleitores do Brasil!!! Mas, firmemente conscientes de que precisamos votar contra toda essa gente que desafia a integridade do povo que é do Brasil, brasileiro.

Por: Luiz Antonio Medeiros - Professor e Escritor.



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