A ILHA DA MAGIA

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Praia Costeira da Armação.


Florianópolis é um encanto. Seu mix paisagístico inclui dunas, praias, morros, lagoas, montanhas e manguezais. A impressão que a cidade nos passa é de ser uma fortaleza da revitalização das energias, dos renascimentos positivos, que todos nós muito necessitamos durante a trajetória de vida.

Cada ponto é um cartão postal. Em nada deixa a desejar aos grandes destinos turísticos nacionais e internacionais. A Ponte Hercílio Luz, fechada ao tráfico e tombada pelo patrimônio histórico nacional, a Lagoa da Conceição, repleta de bares, restaurantes e boates, são os grandes destaques.

Os florianopolitanos são gentis, acolhedores e muito educados. Boas companhias, bons hábitos, boas maneiras e acolhimento. 

Em tour pela Ilha da Magia fica fácil perceber os traços da cultura açoriana, presentes desde o período de sua colonização. Bairros como Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha enchem os olhos, são ótima pedida para quem aprecia o turismo histórico, com costumes e arquitetura características. 

A visitação aos teatros e museus da cidade, a exemplo do Teatro Álvaro de Carvalho e o Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa é altamente recomendável. Por toda a aura que esses locais transmitem, podem dizer que um misto de pulsão de vida se instala em nós. Paradas religiosas não faltam. A Catedral – Matriz de Florianópolis – com seu acervo arte sacra e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito que, apesar de singela, surpreende pela beleza de sua escadaria, em meio ao Centro Histórico da capital.

Vive-se uma experiência toda diferente ao visitar o Mercado Público Municipal. Inaugurado em 1898, o prédio reúne diversos bares e boxes onde são encontrados desde peças artesanais, a alimentos típicos da região. O artesanato catarinense também atrai consumidores na Casa da Alfândega onde está abrigada a galeria da Associação de Artistas Plásticos de Santa Catarina. 

Quando se fala em paisagem, Florianópolis tira de letra. A Ilha da Magia dispõe de belíssimas – e numerosas - praias. Mole, Campeche e Joaquina são algumas das mais atrativas. É na Joaquina também que o surfe nas dunas ganha espaço, atraindo adeptos do sandboard.

A busca pela tranquilidade encontra lugar nos areais de Pântano do Sul e Lagoinha do Leste. Pode-se também ir a Galheta, a única praia de naturismo de Floripa. Para as famílias e jovens em férias, uma boa pedida são as areias de Canavieiras e Jurerê Internacional. Ambas são a pedida do momento. 

Participamos de um passeio no Barco Pirata. As ondas fortes permaneceram firmes durante nosso trajeto. Mas é, sem dúvidas, uma experiência que merece ser vivenciada.  

Na “Joaca” estão à disposição diversos bares, restaurantes e pousadas. É só escolher uma casa e aproveitar as delícias servidas enquanto se aprecia o mar. O passeio com o seu pessoal será memorável. 

Na praia do Campeche, o visitante encontra uma longa faixa de areia, que percorre cerca de 10 quilômetros até a praia da Joaquina. O mar tem ondas fortes, mas que são agradáveis para nadar e brincar com a criançada.

Florianópolis é habitada antes mesmo dos primeiros desbravadores portugueses chegarem ao Brasil. Achados arqueológicos nessa área datam de mais de 4.800 mil anos. As tribos tupi-guarani que viviam nesses territórios deixaram marcas históricas e culturais até os dias atuais.

Foi que o bandeirante paulista Francisco Dias Velho e mais alguns membros de sua família fundaram um povoado: Nossa Senhora do Desterro. Com o passar do tempo, o fluxo de moradores de Desterro aumentou a importância do lugar, que foi elevada à categoria de vila em 1726, quando se desmembrou de Laguna. Com o destaque da região, em 1737 os portugueses passaram a fortificar a ilha, impedindo a ação de invasores estrangeiros. No ano de 823, o desenvolvimento acelerado de Desterro a credenciou para se tornar uma cidade, além de capital do Estado de Santa Catarina. Nesse período foram realizadas muitas obras de infraestrutura na ilha, bem como a construção de prédios públicos e moradias. No ano de 1894, em homenagem às vitórias militares do Marechal Floriano Peixoto, o nome da cidade foi mudado para Florianópolis.

Ah, e o clima? Em Floripa é seguida à risca as estações do ano. Os verões (de dezembro a março) são quentes, com os termômetros marcando acima dos 30 graus. Embora faça calor, essa também é a temporada de chuvas, que acabam refrescando os finais de tarde. Já durante o inverno (junho a setembro), as temperaturas tendem a cair, ficando entre 22 e 14 graus em média. Nessa época a incidência de chuva é menor, mas o mar tende a ser mais gelado e com ocorrências de ressacas, quando os ventos fortes formam ondas mais violentas.

É uma cidade para se curtir e amar. Ambiente para sonhos e recomeços.

Por: Maluma Marques - Jornalista e Escritora.




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