SÓ HÁ UM REMÉDIO CONTRA A MENTIRA: A VERDADE.

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José Nivaldo Junior.


O mundo já vivia mergulhado num oceano podre de fake-news quando sobreviveram as guerras que afligem os nossos dias. E, citação indispensável, a primeira vítima da guerra é a verdade. A citação costuma ser atribuída a Ésquilo, teatrólogo da Antiga Grécia. Modernamente, popularizada por Philip Snowden e Samuel Johnson.  Mas sua verdadeira autoria é  desconhecida. A soma das fake-news com conflitos de grande impacto emocional, levou a verdade ao fundo do poço.

Você não tem vergonha não?

É o que me dá vontade de perguntar a pessoas cultas, equilibradas, sensatas que espalham fake-news montadas com o uso da burrice artificial, incapazes de enganar um orangotango nascido sem cérebro. Dois exemplos são grotescos: um, no início da guerra Israel/Palestina, crianças judias apareciam em gaiolas; esta semana, recebi uma onde supostos terroristas do Hamas estripavam um suposto militar israelense, coisa tão mal feita que agride a inteligência mais elementar. O remetente: Doutor, empresário, rico, cordial e agradável no trato. Valha-nos Zeus.

Paixão e ódio

Ambos cegam. São dois lados indissociáveis da mesma moeda.

Caminho da verdade

Durante palestra, com o tema “Desinformação e crise de confiança: como reverter”, o representante da Associação Nacional de Jornais, a nossa ANJ,  defendeu um pacto mundial entre instituições para se atingir esse objetivo e, especificamente em relação ao Brasil, a responsabilização das plataformas digitais no mínimo como corresponsáveis pela divulgação de notícias falsas. “Na Alemanha elas já se submetem a regras e funcionam normalmente dessa maneira há pelo menos cinco anos. Por que no Brasil elas não querem ter responsabilidades?”, indagou. 

Concordo, mas

As plataformas são corresponsáveis pelo que postam.  Deveriam fazer um cadastro dos emissores de conteúdo. E ter inteligência natural, como mediação de possíveis excessos detectados pela inteligência artificial. Mas, voltando ao MAS, os principais responsáveis são os seres humanos que usam as plataformas digitais como se fossem terra de ninguém. Onde qualquer absurdo é tolerável. Onde a inteligência é esmagada pelo conflito  amor X ódio. Onde a humanidade se rende aos traços mais medíocres, cruéis, podres de sua própria espécie.

Podemos ser anjos ou demônios. A metáfora de Lúcifer é perfeita.

Bom pensar

Um minuto, um segundo que seja, antes de compartilhar sem dó idiotices que depreciam a espécie humana e degradam as relações sociais.

Por: José Nivaldo Junior - Publicitário. Historiador. Da Academia Pernambucana de Letras.  
Autor do best-seller internacional “Maquiavel, o Poder”. 


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